A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está investindo R$ 2 bilhões para substituir cerca de sete mil torres de madeira de suas linhas de distribuição por estruturas metálicas até o final de 2028.
O objetivo é reforçar a confiabilidade do fornecimento de energia, principalmente em áreas rurais, onde o aumento das queimadas representa risco significativo. Com a troca, serão atualizados 2.500 km de linhas de distribuição.
Desde 2019, a Cemig já trocou 1.848 torres de madeira por estruturas metálicas, correspondendo a 700 km de linhas renovadas. A empresa projeta um investimento adicional de R$ 1,5 bilhão para completar a substituição de mais 1.800 km de linhas e cinco mil torres até 2028.
Hernane Salvador Braga, engenheiro de Gestão dos Ativos de Distribuição da Cemig, destaca que a substituição das torres e a conversão das linhas de distribuição de 69 kV para 138 kV trazem avanços para os clientes, sobretudo aqueles do agronegócio.
Segundo a Cemig, as torres metálicas são mais resistentes a incêndios em áreas de mata, o que reduzirá manutenções preventivas e a necessidade de aplicação de tinta antichamas. A conversão das linhas permitirá à empresa alcançar 21.950 km de redes de 138 kV, elevando a capacidade de carga e a segurança operacional.
O atual ciclo de investimentos da Cemig representa o maior da história da companhia, com R$ 49,2 bilhões aplicados entre 2019 e 2028. Desse montante, R$ 33,2 bilhões estão destinados à concessão de distribuição, que cobre 774 municípios mineiros. Até 2023, a empresa já havia investido R$ 13,6 bilhões; somente no primeiro semestre de 2024, foram destinados R$ 2,4 bilhões à melhoria das instalações em Minas Gerais.
Por meio do Programa Mais Energia, a Cemig está construindo mais de 200 novas subestações entre 2019 e 2026, o equivalente a metade das subestações instaladas nos mais de 65 anos de história da companhia. Recentemente, foi inaugurada a 110ª estação do programa, oferecendo 16.000 MVA de carga aos clientes, um crescimento de 60% em relação a 2018. Braga acrescenta que o uso de subestações compactas e novas tecnologias permitiu a Cemig reduzir as distâncias de alimentação e melhorar a qualidade do serviço.
Como parte desse ciclo, a Cemig também instalará 1,78 milhão de medidores inteligentes até 2028, permitindo a leitura e o gerenciamento remoto das instalações dos clientes.