A Prefeitura de Veneza estenderá para 2026 a cobrança de taxas para turistas acessarem o centro histórico da cidade. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (17).
A cobrança foi criada inicialmente em 2024, de forma experimental, em 29 dias não sequenciais entre abril e julho. Em 2025, o número de dias aumentou para 54. Já em 2026 serão 60, englobando todos os fins de semana e feriados entre o início de abril e o fim de julho.
A taxa será cobrada entre 8h30 e 16h, mas apenas dos turistas que não pernoitarem no centro histórico da cidade, e também haverá isenções para moradores da região do Vêneto, menores de 14 anos, trabalhadores pendulares e estudantes.
Os valores ainda não foram confirmados, mas em 2025 a taxa variou de cinco a 10 euros (de R$ 31 a R$ 62), dependendo da antecedência da reserva.
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“A contribuição de acesso tem sido avaliada com atenção e já suscitou um forte interesse em nível internacional. Veneza é a primeira cidade do mundo a percorrer esse caminho, e continuaremos a fazê-lo para tutelar a habitabilidade do município e qualificar a experiência dos visitantes”, disse o secretário municipal de Orçamento, Michele Zuin.
Veneza é palco recorrente de protestos contra maus hábitos de turistas, como urinar na rua, mergulhar em canais e fazer piqueniques em pontes. Além disso, muitos culpam o turismo de massa pelo declínio da população do centro histórico, onde a crescente oferta de imóveis de temporada pressiona os preços de aluguéis para moradia e empurra os habitantes para áreas mais afastadas.
Em 1951, o centro histórico de Veneza era lar de quase 175 mil pessoas, cifra que hoje gira em torno de 48,5 mil. Ao mesmo tempo, a população dos bairros em terra firme saltou de 97 mil para 178 mil no mesmo período.
*Com Ansa