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Trump diz que sobreviventes de ataque contra submarino no Caribe serão repatriados

Ataque aconteceu na última quinta-feira (16) e deixou outras duas pessoas mortas

Ataque aconteceu na última quinta-feira (16) e deixou outras duas pessoas mortas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que duas pessoas sobreviveram aos ataques do país contra um submarino próximo à costa da Venezuela na última quinta-feira (16). De acordo com o mandatário norte-americano, os sobreviventes serão devolvidos aos países de origem, Equador e Colômbia, onde serão julgados e detidos.

Outras duas pessoas que estavam na embarcação morreram, confirmou Trump. “Foi uma grande honra para mim destruir um enorme submarino de transporte de drogas que navegava em direção aos Estados Unidos em uma rota de trânsito de narcotráfico bem conhecida”, afirmou.

Trump afirmou que o submarino estava carregado principalmente com Fentanil e outros narcóticos ilegais. “Havia quatro narcoterroristas conhecidos a bordo da embarcação. Dois dos terroristas foram mortos. Pelo menos 25.000 americanos morreriam se eu permitisse que este submarino chegasse à costa”, continuou.

O ataque da última quinta-feira (16) foi o primeiro que resultou em sobreviventes desde o início das incursões no Caribe em agosto. Na sexta-feira, durante uma coletiva de imprensa com a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, Trump também falou sobre o assunto.

“Nós atacamos um submarino carregado com drogas. Um submarino construído especificamente para carregar uma quantidade massiva de drogas. Esse não é um inocente grupo de pessoas. Eu não conheço muitas pessoas que tem submarinos”, afirmou.

Além dos dois mandatários, a reunião contou também com a presença do secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, e do secretário de Estado, Marco Rúbio. “Os Estados Unidos estão realizando operações contra narcoterroristas. Isso é o que eles são: terroristas”, disse Rúbio.

Ataques na costa da Venezuela

Desde agosto, quando sete navios de guerra foram enviados para águas internacionais no Caribe, os Estados Unidos atacaram, pelo menos, cinco embarcações, resultando em um saldo de 27 mortos. O Pentágono alega que as incursões são direcionadas a barcos com narcotraficantes.

No entanto, à Itatiaia, o oficial da reserva da Marinha brasileira, Robinson Farinazzo, avaliou os ataques de Trump contra supostos traficantes como algo que pode gerar problemas no futuro. Ele lembrou que algumas famílias de pessoas que morreram nos ataques estão alegando que os parentes não eram traficantes.

“Na verdade, isso se trata de execução extrajudicial feita ao arrepio do direito internacional. Essas pessoas deveriam ser presas e conduzidas a um julgamento. Não houve nada disso. Mais cedo ou mais tarde, essas questões vão ser levantadas”, defendeu Farinazzo.

Presença militar reforçada

A presença militar foi reforçada, nessa quinta-feira (16), nos estados fronteiriços com a Colômbia como parte dos exercícios realizados em resposta à mobilização militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa o dirigente venezuelano Nicolás Maduro de ter vínculos com o narcotráfico e autorizou, na quarta-feira (15), operações da CIA contra a Venezuela.

(Sob supervisão de Aline Campolina)

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas