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ONU afirma que mais de 3 mil pessoas foram assassinadas no Haiti entre janeiro e junho

Ao todo, de outubro de 2024 a maio deste ano, o número de assassinatos no Haiti subiu para 4.864, pelo menos 3.141 nos primeiros seis meses de 2025

Segundo relatório da ONU, mais de 3.000 pessoas foram assassinadas no Haiti nos primeiros seis meses deste ano, fruto da violência de gangues.

“Entre 1º de janeiro e 30 de junho, pelo menos 3.141 pessoas foram mortas no Haiti”, disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, durante a apresentação em Genebra nesta sexta-feira (11).

Ao todo, de outubro de 2024 a maio deste ano, o número de assassinatos no Haiti subiu para 4.864, pelo menos 3.141 nos primeiros seis meses de 2025.

O estudo detalha a evolução dos incidentes violentos relacionados a gangues desde outubro e mostra que a violência aumentou significativamente nos últimos meses, particularmente nos departamentos de Basse-Artibonite e Centre. A Organização teme que possa desestabilizar outros países do Caribe.

Segundo o relatório, as gangues ampliaram sua influência em rotas importantes no norte, centro e em direção à República Dominicana.

“No meio desta história de horror sem fim, o povo haitiano está à mercê da violência atroz de gangues e exposto a violações de direitos humanos por parte das forças de segurança e a abusos dos chamados grupos de ‘autodefesa’”, afirmou o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk.

O relatório observa que a expansão do controle territorial das gangues representa um risco significativo de disseminação da violência e aumento do tráfico transnacional de armas e pessoas, “o que pode levar a uma desestabilização significativa nos países da sub-região do Caribe”.

Para evitar a rápida desestabilização da sub-região, a ONU apela à comunidade internacional para “reforçar o seu apoio às autoridades haitianas, que têm a responsabilidade principal de proteger os direitos da sua população, e também às organizações internacionais e nacionais que prestam assistência a grupos vulneráveis”.

Com informações da AFP

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo