O
incêndio de grandes proporções que atingiu um complexo residencial em Hong Kong na semana passada matou ao menos 151 pessoas, informaram autoridades locais nesta segunda-feira (1º). Vários corpos foram recuperados dentro dos prédios.
Segundo a emissora local HK01, todos os corpos recuperados no local, mesmo os que não estão intactos, serão reunidos em um álbum de fotos para identificação por familiares. Até o momento, 104 corpos já foram identificados, e 39 ainda aguardam.
As buscas em cinco prédios (Hung Yan, Hung To, Hung Kin, Hung Tai e Hung Shing) foram concluídas. As buscas nos dois prédios remanescentes (Hung Cheong e Hung Sun) começaram na manhã desta segunda (1º), noite de domingo (30) no Brasil, mas riscos estruturais ameaçam a procura por corpos.
O incêndio
O complexo Wang Fuk Court tem
oito torres e mais de dois mil apartamentos, e sete foram afetados pelo incêndio. Os edifícios Hung Cheong Court e Hung Tai Court foram os que mais registraram mortes, uma vez que foram os mais atingidos.
O
incêndio começou na tarde desta quarta-feira em
Hong Kong, sendo madrugada no Brasil. O prédio passava por reformas antes de pegar fogo.
Segundo testes preliminares divulgados pelo HK01, os edifícios do complexo atendiam aos requisitos de resistência ao fogo. Porém,
painéis de isopor que circundavam as janelas e portas do prédio eram extremamente inflamáveis.
A alta temperatura fez com que os
andaimes de bambu pegassem fogo, incendiando outras seções da rede, o que dificultou o combate às chamas e acelerou a propagação.
As chamas também causaram desabamento de andaimes superiores, bloqueando saídas de emergência e entradas do prédio.
As
imagens são impressionantes. Fotos e
vídeos mostram o prédio totalmente destruído pelas
chamas.
Esse é o incêndio mais grave já registrado em Hong Kong em 29 anos. Em 1996, 41 pessoas morreram em um edifício comercial em Kowloon. Na época, autoridades concluíram que as chamas começaram durante um trabalho de soldagem realizado em uma reforma.
Moradores relataram à AFP que
não ouviram nenhum alarme de incêndio e avisaram uns aos outros sobre as chamas. “Tocar a campainha, bater nas portas, alertar os vizinhos, dizer que deveriam sair... foi assim que aconteceu [...] O fogo se propagou muito rapidamente”, relatou um morador.