Número de mortos em incêndio em Hong Kong chega a 151

Todos os corpos recuperados no local, mesmo os que não estão intactos, serão reunidos em um álbum de fotos para identificação por familiares

Esta foto divulgada pela Polícia de Hong Kong em 1º de dezembro de 2025 mostra as consequências de um incêndio em um prédio de apartamentos no conjunto residencial Wang Fuk Court, no distrito de Tai Po, em Hong Kong.

O incêndio de grandes proporções que atingiu um complexo residencial em Hong Kong na semana passada matou ao menos 151 pessoas, informaram autoridades locais nesta segunda-feira (1º). Vários corpos foram recuperados dentro dos prédios.

Segundo a emissora local HK01, todos os corpos recuperados no local, mesmo os que não estão intactos, serão reunidos em um álbum de fotos para identificação por familiares. Até o momento, 104 corpos já foram identificados, e 39 ainda aguardam.

As buscas em cinco prédios (Hung Yan, Hung To, Hung Kin, Hung Tai e Hung Shing) foram concluídas. As buscas nos dois prédios remanescentes (Hung Cheong e Hung Sun) começaram na manhã desta segunda (1º), noite de domingo (30) no Brasil, mas riscos estruturais ameaçam a procura por corpos.

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O incêndio

O complexo Wang Fuk Court tem oito torres e mais de dois mil apartamentos, e sete foram afetados pelo incêndio. Os edifícios Hung Cheong Court e Hung Tai Court foram os que mais registraram mortes, uma vez que foram os mais atingidos.

O incêndio começou na tarde desta quarta-feira em Hong Kong, sendo madrugada no Brasil. O prédio passava por reformas antes de pegar fogo.

Segundo testes preliminares divulgados pelo HK01, os edifícios do complexo atendiam aos requisitos de resistência ao fogo. Porém, painéis de isopor que circundavam as janelas e portas do prédio eram extremamente inflamáveis.

A alta temperatura fez com que os andaimes de bambu pegassem fogo, incendiando outras seções da rede, o que dificultou o combate às chamas e acelerou a propagação.

As chamas também causaram desabamento de andaimes superiores, bloqueando saídas de emergência e entradas do prédio.

As imagens são impressionantes. Fotos e vídeos mostram o prédio totalmente destruído pelas chamas.

Esse é o incêndio mais grave já registrado em Hong Kong em 29 anos. Em 1996, 41 pessoas morreram em um edifício comercial em Kowloon. Na época, autoridades concluíram que as chamas começaram durante um trabalho de soldagem realizado em uma reforma.

Moradores relataram à AFP que não ouviram nenhum alarme de incêndio e avisaram uns aos outros sobre as chamas. “Tocar a campainha, bater nas portas, alertar os vizinhos, dizer que deveriam sair... foi assim que aconteceu [...] O fogo se propagou muito rapidamente”, relatou um morador.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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