O governo de Donald Trump nos Estados Unidos está exigindo que a Universidade de Harvard entregue documentos de estudantes supostamente envolvidos em protestos pró-Palestina. O governo considera as manifestações antissemitas e ameaçou revogar a certificação da universidade por supostamente ter violado a lei dos direitos civis.
Desde que assumiu o cargo em janeiro, o presidente norte-americano lançou uma campanha contra universidades americanas de elite, acusando-as de serem redutos de antissemitismo e de implementar políticas que favorecem a diversidade e a inclusão, segundo a AFP.
Harvard foi uma das mais afetadas, com congelamento de recursos e uma série de outras medidas para impedir a matrícula de estrangeiros. Os alunos de fora dos Estados Unidos representam mais de um quarto dos estudantes da escola.
O Departamento de Segurança Interna do país informou que estava enviando ‘intimações compulsórias’ a
Harvard exigindo que fornecesse as ‘informações relevantes relacionadas a estudantes estrangeiros’. Além disso, o departamento acusa a universidade de ‘permitir que estudantes estrangeiros abusem de seus privilégios de visto e defendam a violência e terrorismo no campus’.
Harvard também foi notificada por uma suposta violação da lei federal de direitos civis e, segundo o governo Trump, há ‘provas concretas’ para revogar o credenciamento, documento que garante que a universidade oferece uma educação de qualidade.
A universidade respondeu afirmando que, embora “as intimações do governo sejam injustificadas, a universidade continuará cooperando com as solicitações e obrigações legais” e considera as ações do Executivo “retaliatórias”.
“
Harvard continua defendendo a instituição e a seus alunos, professores e funcionários contra a interferência prejudicial do governo, que visa ditar quem as universidades privadas podem admitir e contratar, e o que podem ensinar”, disse a universidade, em comunicado.