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EUA dão sinal verde para testes de transplante de rim de porco em humanos

A responsável pelos testes será a eGenesis, empresa de biotecnologia que desenvolve porcos geneticamente editados, cujos órgãos são transplantados em humanos

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Os Estados Unidos autorizaram novos testes clínicos de transplante de rim de porco em humanos, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (8) pela eGenesis, uma das empresas que desenvolve a biotecnologia.

Segundo a empresa, que desenvolve porcos geneticamente editados cujos órgãos são transplantados em humanos, o Food and Drug Adminstration (FDA), órgão regulador de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, autorizou testes em humanos envolvendo rins de seus porcos.

Segundo informações divulgadas pela CNN, os porcos da eGenesis passam por modificações genéticas para tornar seus órgãos mais compatíveis com o corpo humano. Esse processo tem como peça central o uso da técnica CRISPR, empregada para desativar o gene que produz um carboidrato chamado alfa-gal e responsável por provocar a rejeição quase imediata caso um órgão suíno fosse transplantado em humanos.

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Segundo os médicos do Hospital Geral de Massachusetts, em anúncio feito também nesta segunda-feira (8), foi realizado o terceiro transplante experimental de rim de porco. O receptor, Bill Stewart, passou pelo procedimento em 14 de junho e desde então retornou para casa e até voltou ao trabalho.

Transplantes com órgãos de animais, como o coração de porco, chamados xenotransplantes, já haviam sido realizados na Escola de Medicina da Universidade de Maryland, mas até então todos haviam sido transplantados sob “regras especiais”, que permitem o tratamento para pessoas em situações especialmente graves.

Conforme divulgado pela CNN, mais de 100 mil pessoas nos EUA estão esperando por uma doação de órgão, e 86% das pessoas na lista precisam de um rim. Com a grande lista de espera para receber transplantes, especialistas estão otimistas com os procedimentos experimentais.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo