A Boeing pode ser multada em US$ 3,1 milhões, aproximadamente R$ 16,6 milhões, pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos devido a uma série de violações de segurança. As informações são do jornal The Hill.
A penalidade foi anunciada nesta sexta-feira (12), após um incidente aéreo em 2024 e falhas em inspeções de certificação de aeronaves. A FAA afirmou que a Boeing tentou pressionar um funcionário para aprovar a entrega de um Boeing 737 MAX dentro do prazo, mesmo com a aeronave fora dos padrões de segurança exigidos.
Em resposta, a empresa declarou que continuará trabalhando para fortalecer sua cultura de segurança e melhorar a qualidade e a responsabilidade em suas operações.
“No ano passado, sob supervisão da FAA, implementamos um Plano de Segurança e Qualidade com indicadores-chave de desempenho para aprimorar o gerenciamento de segurança e a garantia de qualidade na produção de aeronaves”, disse um porta-voz da Boeing em comunicado ao jornal The Hill.
“Nossa equipe segue aplicando essas melhorias, investindo em treinamento de funcionários, reforçando o cumprimento das normas de produção e incentivando os empregados a se manifestarem sobre problemas”, acrescentou.
Segundo o comunicado da FAA, centenas de violações nos sistemas de qualidade foram encontradas nas instalações da Boeing em Renton, Washington, e na fábrica da Spirit AeroSystems em Wichita, Kansas, que produz componentes para a fabricante.
No início deste ano, a Spirit afastou temporariamente 700 trabalhadores por 21 dias devido a uma greve de funcionários da Boeing. Para cortar custos, a empresa suspendeu novas contratações e eliminou horas extras, o que reduziu ainda mais o ritmo de produção da Boeing após dois anos de controvérsias envolvendo o fabricante.
Atualmente, as aeronaves 737 MAX e 787 são revisadas individualmente pela FAA antes de receber o certificado de aeronavegabilidade e ser liberada para entrega. A produção do 737 MAX segue limitada a 38 unidades por mês, cada uma avaliada entre US$ 100 milhões e US$ 135 milhões.
