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Arqueólogos encontram igrejas de 1.600 anos, e mural de Jesus em assentamento no deserto egípcio

Autoridades disseram que a área “testemunhou a transição do paganismo para o cristianismo”

O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito anunciou a descoberta de duas igrejas com mais de 1.500 anos contendo evidências raras da ascensão do cristianismo no Deserto Ocidental do país. As informações são da Fox News.

Arqueólogos desenterraram os restos de um assentamento inteiro no Oásis de Kharga, a cerca de 560 quilômetros a sudoeste do Cairo, segundo o comunicado de imprensa. O local é conhecido por seus notáveis vestígios cristãos antigos, incluindo cemitérios e igrejas, e é habitado desde a antiguidade, graças a fontes de água subterrâneas.

Diversos edifícios residenciais feitos de tijolos de barro foram encontrados, com algumas paredes ainda retendo gesso. A equipe também descobriu fornos e grandes potes de barro enterrados no solo para armazenar alimentos, de acordo com as autoridades. Outros achados incluíram fragmentos de cerâmica com inscrições, vasos, peças de vidro e pedra, além de vários sepultamentos.

O ponto central da escavação, no entanto, foi a descoberta de duas igrejas. Ambas as estruturas datam do início da Era Copta, o período de cristianização do Egito que começou no século IV d.C.

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Uma das igrejas era uma grande basílica feita de tijolos de barro, com os restos de um grande salão e dois corredores. A segunda igreja, que era menor, tinha um layout retangular e era cercada “pelos restos de sete colunas externas”, disseram as autoridades.

Além das igrejas, os arqueólogos também descobriram um mural notável de Jesus Cristo curando um doente, uma representação rara naquele período. Autoridades disseram que a área “testemunhou a transição do paganismo para o cristianismo”.

Nenhuma foto do mural foi divulgada, provavelmente por motivos de conservação.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo