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Mineiro lembra encontros com Papa Francisco: ‘Extremamente humano’

O educador financeiro Matheus Machado teve a oportunidade de estar com o pontífice três vezes

Na foto, Matheus Machado e Papa Francisco

O educador financeiro mineiro Matheus Machado contou à Itatiaia que teve a oportunidade de estar na presença do Papa Francisco três vezes e relembrou como foram esses momentos. O pontífice morreu nesta segunda-feira (21).

Matheus lembrou que o primeiro encontro foi na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, a primeira grande viagem internacional do Papa Francisco após a renúncia do Papa Bento XVI. Lá, já se percebeu a diferença de ter um novo papa latino.

“Ali a gente já sentia a diferença de ter um papa fora do eixo da Europa. Era um papa mais próximo do povo, mais sorridente, que abraçava mesmo as comunidades. Cada pessoa tem uma característica, o Papa Bento tinha uma característica de ser mais rígido, bem no estilo alemão mesmo. Já o Papa Francisco veio bem naquele estilo argentino de gostar do povo, de gostar de movimento, de muita gente”, disse.

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O segundo encontro físico ocorreu em Assis, na Itália, em 2022, durante o primeiro encontro presencial da “Economia de Francisco”, um projeto do Papa para discutir uma nova economia global mais humana e justa.

Ele contou que, mesmo já levemente debilitado, o Papa Francisco fez o percurso até Assis por ser uma causa muito importante para ele.

“Era uma causa que era muito cara a ele, era muito importante ele reunir jovens do mundo todo e discursar sobre a importância de nós agirmos. Eu me lembro muito bem que ele, em um dos destaques do discurso, disse sobre a ação de ir até os mais pobres e diferença onde estivéssemos — fosse em uma empresa, associações ou na política”, contou.

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No ano passado, Matheus foi convidado a compor uma assembleia com aproximadamente 30 pessoas de diferentes países do mundo e que ocupavam diversas funções (empreendedores, acadêmicos, ativistas sociais) — incluindo pessoas de outras religiões.

“A gente teve esse privilégio de encontrá-lo e receber uma mensagem especial, exclusiva, mostrando o quanto ele também era carinhoso e o quanto ele queria que nós nos sentíssemos próximos a ele”, explicou.

Ele explicou que o Papa Francisco queria ser visto como uma imagem de Cristo: simples e humana que renunciava a muitos privilégios. “A grande memória, o grande legado do Papa Francisco vai ser esse: um papa extremamente humano, reflexo do que Jesus Cristo nos trouxe”, finalizou.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.