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‘Príncipe Harry é ameaçado pela Al-Qaeda e teme por sua segurança’, diz advogada; entenda disputa judicial

Filho mais novo do Rei Charles III insiste em recuperar a proteção policial e defesa afirma que a vida dele e da família está ‘em jogo’

Príncipe Harry perdeu proteção policial desde que abandonou os deveres reais, em 2020

Preocupado com sua segurança, o príncipe Harry recorreu à Justiça britânica para retomar a sua proteção policial no Reino Unido - que foi reduzida após ele e sua esposa Meghan abandonarem os deveres reais e se mudarem para os Estados Unidos. Nesta quarta-feira (9), ele compareceu ao Tribunal de Apelação de Londres para o segundo e último dia de audiências para defender seu recurso.

De acordo com a defesa do príncipe, a vida dele “está em jogo”. “A dimensão humana deste caso não deve ser esquecida. Há uma pessoa cuja segurança, proteção e vida estão em jogo”, disse a advogada Shaheed Fatima, em suas alegações escritas.

Desde que foram para os Estados Unidos, Harry e sua família perderam a proteção policial de rotina oferecida aos membros ativos da realeza, financiada pelos contribuintes britânicos. O Ministério do Interior, então, disse que ofereceria medidas de segurança ao príncipe e sua família, a depender do caso.

“Disseram a ele que estava recebendo um processo especial e personalizado, quando ele sabia e tinha experiência de que o processo era inferior em todos os aspectos”, disse Shaheed Fatima.

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Em 2021, Harry entrou com uma ação judicial contestando a perda da segurança, mas o pedido foi rejeitado em primeira instância no ano passado. Então, a defesa do príncipe recorreu ao Tribunal de Apelação.

Durante a audiência desta quarta, o advogado do Ministério do Interior, James Eadie, defendeu a adoção de medidas de segurança ocasionais a Harry e sua família. Na terça (8), a equipe jurídica do príncipe relatou a necessidade de retomar a proteção policial destinada aos membros da realeza, alegando que Harry está sendo ameaçado.

Os advogados do príncipe disseram que “a Al-Qaeda pediu seu assassinato”, depois que Harry relatou em sua autobiografia, “O que sobra”, publicada em 2023, que ele havia matado 25 talibãs enquanto estava no Afeganistão. A defesa também afirmou que Harry e Meghan foram submetidos a “uma perseguição perigosa” por paparazzi em Nova York em maio de 2023.

O príncipe, que vive na Califórnia com Meghan e seus dois filhos, longe da família real, argumenta que a falta de garantias quanto à sua segurança constitui um obstáculo a suas viagens ao Reino Unido. A última vez que ele se encontrou com o pai, o Rei Charles III, foi há mais de um ano.

*Com informações de AFP

Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.