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‘Subconsumo’? Conheça os milionários que levam vida simples, com carros usados e sem muitas regalias

Ao contrário do que muitos acham, muitos dos mais ricos tentam manter os gastos em itens não essenciais em níveis mais baixos possíveis

Milionários adeptos do ‘subconsumo’ optam por comprar menos

O ‘underconsumption core’, ou núcleo de subconsumo, em tradução livre, além de ter se tornado uma ‘trend’ no TikTok, tem se tornado cada vez mais um estilo de vida para os mais ricos. Algumas dessas pessoas, que recebem salários com seis ou mais dígitos, relataram à revista Fortune a rotina de ‘subconsumo’.

Ao contrário do que muitos acham, muitos dos mais ricos tentam manter os gastos em itens não essenciais em níveis mais baixos possíveis. Ou seja, eles não usam os carros de última geração nem as roupas de grife mais caras; eles optam por carros usados e preferem não gastar muito com roupas.

Na alimentação, para os adeptos do ‘subconsumo’, a economia não é diferente. Enquanto muitos gostam de comer fora ou pedir um delivery durante a semana, eles optam para cozinhar para si mesmos e compram até mesmo alimentos congelados para gastar menos do que gastariam com os frescos.

Uma das que assume esse estilo de vida, a autora e empreendedora Shang Saavedra contou à revista Fortune que ela e o marido aprenderam a viver de forma simples ao longo da vida. Eles construíram um patrimônio de milhões de dólares com o tempo e, hoje, vivem em uma casa de quatro quartos em uma área nobre de Los Angeles, têm um carro usado de 16 anos e fazem compras na sessão de congelados do supermercado Aidi.

Os filhos do casal, de cinco e dois anos, vestem roupas usadas, brincam com brinquedos comprados pelo Marketplace do Facebook e fazem atividades gratuitas, diferentemente dos colegas de escola.

Saavedra e o marido procuram investir na educação das crianças e em ativos que apoiam empreendimentos filantrópicos, ou seja, as crianças estudam em escolas particulares boas, e o casal tem propriedades em Nova York. No fim de ano, a família faz grandes doações filantrópicas.

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“Claro que sou tentada a ir atrás de itens de luxo e experiências, e de vez em quando temos um jantar agradável em um restaurante muito bom - mas entender a razão pela qual você quer algo [...] vem de uma dor por uma parte não preenchida na sua vida, e muitas vezes é uma necessidade psicológica”, concluiu.

Annie Cole também é adepta do subconsumo. Ela tem ativos que totalizam mais de um milhão de dólar e tem um salário de seis dígitos, mas gasta apenas quatro mil dólares ao mês. Ela vendeu o Toyota Prius que tinha há alguns anos, cozinha em grandes quantidades para ela e o marido, corta o próprio cabelo e faz compras de roupas três vezes ao ano em um brechó.

Ela contou à Fortune que viaja com o marido usando milhas aéreas e pontos acumulados. Ela planeja se aposentar no início dos 40 anos.

Já Robert Chin e Jessica Pharar moram em Las Vegas também têm salários relativamente altos em relação às outras pessoas, mas optam por ir juntos ao trabalho para economizar combustível e evitam comer fora, levando marmitas.

O casal, que ganha salários de seis dígitos, relatou à Fortune que possui um apartamento alugado e opta por comprar poucas roupas que durem vários anos. O objetivo é a flexibilidade, que é basicamente passar mais tempo juntos ou, quem sabe, se aposentar mais cedo.

“Em cinco anos gostaríamos de ter um sócio ou outro profissional trabalhando conosco, tanto porque o consultório cresceu o suficiente para suportar isso como também porque isso nos dá a flexibilidade de tirar folga mais facilmente. É provavelmente o maior desafio de sermos líderes no negócio, nossa possibilidade de de tirar folga é realmente baixa, porque se não estamos aqui o consultório não ganha dinheiro”, relataram.


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.