Os Estados Unidos chamaram a posse de Nicolás Maduro, nessa sexta-feira (10), de “farsa” e aumentaram a recompensa oferecida pela captura do ditador venezuelano e seu ministro do Interior, Diosdado Cabello, para US$ 25 milhões (R$ 152,3 milhões), além de impor sanções contra o presidente da estatal PDVSA, Héctor Obregón, e outros sete funcionários do alto escalão venezuelano.
Ao mesmo tempo, prorrogaram por 18 meses a proteção que concede residência e autorizações de trabalho aos imigrantes venezuelanos nos Estados Unidos.
O próximo presidente americano, Donald Trump, que se referiu ontem a González como “presidente eleito”, poderia impor mais sanções em seu segundo mandato, como fez em sua primeira gestão.
A União Europeia ressaltou que Maduro “não tem legitimidade”. O Reino Unido o chamou de “fraudulento” e anunciou sanções contra 15 funcionários do alto escalão. Já o presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu “felicitações” ao aliado venezuelano por meio do seu representante na posse, o presidente da Duma (Câmara baixa), Vyacheslav Volodin.
“Esta posse […] não pôde ser impedida e é uma grande vitória para a democracia venezuelana”, disse um Maduro desafiador, que promete um sexênio de “paz” e recuperação econômica, depois de passar grande parte de seus 12 anos no poder em recessão, alta inflação e escassez.
Propõe uma “grande reforma” à Constituição, que segue o caminho da aprovação de novas leis que, segundo especialistas, diminuem as liberdades.