Um dos maiores mistérios do alpinismo pode ser desvendado a partir da descoberta recente de um pé no Monte Everest, a maior montanha do mundo. Acredita-se que o membro possa ser do alpinista Andrew Comyn “Sandy” Irvine, que desapareceu em junho de 1924 enquanto tentava chegar ao cume da formação rochosa.
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De acordo com a emissora britânica BBC, os restos mortais de George Mallory, parceiro do alpinista desaparecido na escalada, foram recuperados em 1999, mas os de Irvine jamais foram encontrados.
O pé, que estava dentro de uma bota, ficou exposto na neve graças ao derretimento de uma geleira e foi descoberto por uma equipe que gravava um documentário para a National Geographic. A meia encontrada dentro do calçado tem as palavras “A.C. Irvine”, o que pode ser uma prova de que o membro realmente possa ser de Andrew Comyn “Sandy” Irvine.
Entretanto, ainda segundo a BBC, somente exames de DNA podem comprovar se o pé realmente pertence a Irvine. Os testes estão sob responsabilidade de autoridades britânicas.
O aventureiro Jimmy Chin, que liderou a equipe que encontrou o pé, comemorou a descoberta: "Às vezes, na vida, as maiores descobertas ocorrem quando você nem está olhando. Este foi um momento monumental e emocionante para nós e para toda a nossa equipe em campo, e esperamos que isso possa finalmente trazer paz de espírito para seus familiares e para o mundo do alpinismo em geral”, declarou o alpinista, que é autor do documentário Free Solo (2018), vencedor do Oscar.
Segundo a BBC, muitas pessoas acreditam que Andrew Comyn “Sandy” Irvine e George Mallory possam ter sido as primeiras pessoas a chegarem ao cume do Everest. Oficialmente, Edmund Hillary e Tenzing Norgay são reconhecidos pelo feito, 29 anos depois da aventura de Irvine e Mallory.