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O Sudário de Turim realmente cobriu Jesus Cristo?

Sem uma conclusão sobre sua verdadeira história, o misterioso artefato gera debate há muito tempo

O misterioso Sudário de Turim

Considerado um dos objetos mais importantes da história da Igreja Católica, o Sudário de Turim - ou Santo Sudário, para os religiosos - foi documentado pela primeira vez na Idade Média, no ano de 1357. Desde então, algumas pessoas acreditam que esse misterioso artefato é o tecido que cobriu o corpo de Jesus Cristo após a crucificação, conforme relata a Bíblia.

O sudário, que repousa há séculos na Catedral de Turim, na Itália, guarda o que seria uma marca do corpo do Jesus. Estudos chegaram a apontar que há, inclusive, vestígios de sangue no tecido. Porém, ainda hoje não se tem uma conclusão científica sobre sua real origem. Cientistas discordam, até mesmo, sobre qual é a verdadeira idade do sudário e se o artefato é, ou não, uma falsificação.

De acordo com o portal de notícias Uol, um estudo italiano realizado em 2022 viralizou, recentemente, porque apontou que o tecido tem cerca de 2 mil anos de idade, seria, de fato, do tempo no qual, supostamente, viveu Jesus. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram uma nova técnica de datação por raio-x.

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O objetivo da pesquisa, realizada por Cientistas do Instituto de Cristalografia de Pádua, era realizar uma nova datação do Sudário de Turim, baseando-se na integridade das fibras. Deste modo, eles concluíram que o objeto pode mesmo ter sido produzido no século 1.

Ainda de acordo com o Uol, os cientistas de Pádua afirmaram que as fibras do tecido envelheceram mais devagar, já que ele passou boa parte das últimas décadas em locais com temperaturas mais baixas, o que explicaria sua boa conservação até os dias de hoje.

Mesmo assim, os pesquisadores que participaram do estudo italiano foram cautelosos com as conclusões. “O Sudário de Turim é muito mais velho do que os sete séculos propostos pela datação por carbono em 1988. Entretanto, só podemos validar totalmente os resultados, caso pesquisas futuras confirmem com precisão que o Sudário de Turim foi mantido a temperaturas médias de 22ºC e umidade relativa do ar de 55% pelos 1300 anos anteriores à sua primeira aparição histórica na França”, diz o artigo em trecho destacado pelo Uol.


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Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.