Um teste de DNA confirmou que um
Em janeiro, Satoshi Kirishima, que estava há 50 anos foragido, se entregou a polícia sob a afirmação de que queria se encontrar com a morte com o seu nome verdadeiro. O homem, de 70 anos, foi membro de um grupo militante que realizou vários atentados na década de 1970.
Ainda não se sabe como ele ficou tanto tempo foragido, já que o rosto dele estava estampado em cartazes em todo o Japão. Quando fez a revelação da identidade, ele estava internado em um hospital próximo a Tóquio e enfrentava um câncer terminal. No entanto, o homem era identificado como Hiroshi Uchida.
Satoshi Kirishima faleceu no dia 29 de janeiro, quatro dias após o interrogatório com a polícia. O resultado do DNA foi divulgado nesta terça-feira (27).
Estratégias de fuga
Entre as medidas adotadas por Kirishima para escapar da lei, o fugitivo evitava o uso do celular e não tinha seguro de vida. Além disso, o japonês passou todos esses anos recebendo seu salário em dinheiro vivo para evitar ser detectado, conforme informado pela emissora pública NHK e outros veículos locais.
Kirishima trabalhou durante cerca de 40 anos em uma empresa de construção sob pseudônimo.
Frente Anti-Japão
Satoshi não era considerado um dos membros cruciais do grupo, conhecido como Frente Armada Anti-Japão da Ásia Oriental, no entanto, sua fama foi consolidada por ser o único dos 10 integrantes que permaneceu em liberdade.
Na época, ele era estudante universitário em Tóquio, quando começou a se envolver com as atividades do grupo.
A Frente Armada Anti-Japão foi uma organização extremista que se originou no país asiático em 1972 e combateu a ação de empresas multinacionais japonesas. O grupo afirmava seguir uma ideologia radical que defendia a destruição da nação do Japão.
Um dos ataques de maior repercussão atribuídos à Frente ocorreu em 1975. Na data, oito pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas em um ataque a um edifício da Mitsubishi Heavy Industries.
Acredita-se que Kirishima participou de vários ataques realizados pelo grupo, incluindo o incidente de 1975.
*Com informações de Pablo Paixão
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