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Morte de Navalny: corpo tinha marcas de hematomas e de convulsões, diz jornal

Opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, de 47 anos, foi morto em uma prisão no Ártico na última sexta-feira (16)

Opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, de 47 anos, morreu em uma prisão no Ártico

Morto dentro de uma prisão no Ártico nesta sexta-feira (16), Alexei Navalny tinha o corpo com marcas de hematomas e convulsões, informou o jornal russo Novaya Gazeta. Um dos principais opositores do presidente da Rússia, Vladimir Putin, Navalny morreu após sair para caminhar.

As marcas, no entanto, não seriam de espancamento, e mostram que foram feitas manobras de ressuscitação, porém, sem sucesso. A equipe médica da penitenciária ficou mais de 30 minutos tentando reanimá-lo.

Alexei Navalny era um dos principais adversários de Putin e cumpria uma pena de 19 anos de prisão, após ser considerado culpado de criar uma comunidade extremista, financiar ativistas extremistas e outros crimes.

A família do ativista pede a entrega imediata do corpo dele. Os advogados haviam sido informados de que nenhum crime foi encontrado, mas que o corpo dele não seria entregue aos familiares desde que a investigação fosse concluída.

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Quem era Navalny

Alexei Navalny é um ex-advogado com fama de satirizar a elite do presidente Vladimir Putin e fazer acusações de corrupção. Em 2010 ele liderou o movimento contra Putin que levou milhares de pessoas às ruas do país. Navalny era há muito tempo uma pedra no sapato do presidente Vladimir Putin, expondo a corrupção em altos cargos do governo da Rússia, fazendo campanha contra o partido no poder e orquestrando alguns dos maiores protestos antigovernamentais vistos nos últimos anos.

Ele retornou à Rússia em 2021 e foi rapidamente preso por acusações que rejeitou, dizendo que possuem motivação política. Ele estava na prisão desde então.

Os seus apoiadores continuamente alegaram que a sua detenção e encarceramento foram uma tentativa politicamente motivada de reprimir as suas críticas a Putin.

A morte de Navalany acontece pouco antes das eleições presidenciais da Rússia, marcadas para 17 de março, onde Putin concorrerá ao seu quinto mandato, em uma medida que poderá mantê-lo no poder até pelo menos 2030.

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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.