Ouvindo...

Vídeo: filho de brasileiro sequestrado no Equador pede ajuda para resgatar o pai

A familía já pagou mais de US$ 1.000, mas sequestradores estão cobrando U$ 3 mil para libertá-lo, em Guayaquil

A familía já pagou US$ 1.100, mas sequestradores estão cobrando U$ 3 mil pelo resgate

O filho do brasileiro sequestrado no Equador publicou um stories no Instagram pedindo ajuda financeira dos seguidores para resgatar o pai. O vídeo foi publicado no perfil do restaurante administrado pela família, em Guayaquil.

A vítima é Thiago Allan Freitas, natural de São Paulo, que é dono da churrascaria La Brasa, especializada em parrilla brasileira. Ainda não foram divulgadas as circunstâncias do sequestro.

No vídeo, o filho, Gustavo, revela que a família já forneceu US$ 1.100, mas os sequestradores estão cobrando U$ 3 mil pelo resgate. O valor da operação corresponde a R$ 14,670 mil.

Ele pede qualquer contribuição para os 8 mil seguidores da churrascaria para completar o socorro da vítima.

“Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais nada. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo”, diz o menino nos stories, sem conter o choro.

“Pode ser U$ 1 ou US$ 2, porque necessitamos de verdade. Estamos desesperados e não temos o que fazer”, completou.

Itamaraty monitora a situação

Na manhã desta quarta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o chanceler Mauro Vieira e o assessor-especial para assuntos internacionais, Celso Amorim, para debater a situação no Equador e o sequestro do brasileiro.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que, “por meio da Embaixada em Quito, acompanha com atenção a denúncia de sequestro e mantém contato com seus familiares e visa apurar as circunstâncias do ocorrido junto às autoridades locais”.

“Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”, completa a nota.

O que está acontecendo no Equador?

O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou Estado de Exceção por 60 dias após a fuga de um chefe de quadrilha do presídio. A operação levou a uma escalada de violência no país, com motins em prisões e ataques a policiais.

O Estado de Exceção permite que as Forças Armadas sejam mobilizadas para apoiar o trabalho da polícia e suspender direitos civis, como a inviolabilidade de domicílio e de correspondência.

Sete policiais foram sequestrados durante o regime ordenado pelo governo, em meio a um surto de violência ligado ao narcotráfico. Na noite de ontem (9), criminosos armados invadiram um estúdio de TV e fizeram os apresentadores de refém, ao vivo, na cidade de Guayaquil, no Equador.

Após a cena que chocou o mundo, o presidente do Equador declarou “conflito armado interno” no país para neutralizar as organizações criminosas e colocou as Forças Armadas nas ruas. O Ministério da Educação suspendeu as aulas, até 12 de janeiro, em todas as escolas do país em meio a onda de violência.

O toque de recolher, que já estava em vigor, foi ampliado para seis horas, das 23h às 5h.

*Com informações da CNN

Formado em Jornalismo pela UFMG, com passagens pelo jornal Estado de Minas/Portal Uai. Hoje, é repórter multimídia da Itatiaia.