Um dos fundadores do grupo terrorista Hamas, Saleh Al Arouri, foi morto em um bombardeio em Beirute, capital do Líbano, nessa terça-feira (02). Vídeos registrados por câmeras de segurança mostram o momento da explosão, realizada por um drone, que matou pelo menos seis pessoas.
Al Arouri era considerado um dos fundadores da ala militar e vice-chefe da ala política do Hamas. Sua residência na Cisjordânia também foi demolida por Forças de Defesa de Israel (IDF).
A Al-Aqsa TV, canal oficial do Hamas, confirmou a morte de Al Arouri em um “ataque sionista”, de Israel.
O governo de Israel ainda não assumiu a autoria do ataque.
No entanto, Mark Regev, conselheiro do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu a explosão como um “ataque cirúrgico”, em entrevista à TV norte-americana MSNBC.
“Quem quer que tenha feito isso, deixa claro que não foi um ataque ao Estado libanês”, disse.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, classificou a explosão como “um crime” que arrisca colocar o país em confronto com Israel, mais uma vez.
Hezbollah
Saleh Al Arouri estava exilado no Líbano há vários anos e morreu junto com seus guarda-costas em um escritório do Hezbollah, no sul de Beirute.
O local era um reduto do movimento islâmico xiita que é contra Israel e surgiu no Líbano durante a Guerra Civil de 1982.
O Hezbollah é considerado uma organização terrorista por alguns países, incluindo os Estados Unidos e Israel.
No entanto, no Líbano, o Hezbollah também é um partido político com representação no governo e força armada.
O Hamas e o Hezbollah compartilham semelhanças ideológicas, como o posicionamico contra a existência Israel, mas não são aliados diretos.
Israel x Hamas
O ataque no Líbano ocorreu mais de dois meses após o início da guerra entre Israel e o Hamas.
O conflito começou com um ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, seguido por uma ofensiva israelense na Faixa Gaza - que é controlada pelo grupo terrorista.
Israel prepara-se para “combates prolongados”, segundo o porta-voz do Exército israelense.
De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o objetivo da ofensiva é “exterminar” o Hamas.
* Com informações da AFP