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Incêndio em mina no Cazaquistão deixa pelo menos 32 mortos e 14 desaparecidos

Mais de 200 trabalhadores conseguiram escapar do fogo na mina, localizada ao norte da cidade de Karaganda

Mais de 200 trabalhadores conseguiram escapar do fogo na mina, localizada ao norte da cidade de Karaganda

Um incêndio em uma mina no Cazaquistão, que pertence à gigante do aço ArcelorMittal, deixou 32 mortos e 14 desaparecidos neste sábado (28), provocando a reação do governo cazaque, que anunciou um plano de nacionalização da empresa.

Segundo o Ministério de Emergências, os corpos de 32 vítimas foram localizados na mina Kostenko, onde as equipes de resgate ainda procuram por 14 mineiros.

A ArcelorMittal informou que mais de 200 trabalhadores conseguiram escapar do fogo na mina, localizada ao norte da cidade de Karaganda. As causas do incêndio ainda não foram esclarecidas.

O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokáyev, determinou neste sábado “o fim da parceria de investimentos com a ArcelorMittal” e criticou a “frequência sistemática dos acidentes” na empresa.

O líder cazaque visitou o local do acidente e anunciou que o governo iria nacionalizar a filial local da companhia.

“O governo chegou a um acordo preliminar com os acionistas da ArcelorMittal Temirtaou e está finalizando a transação para transferir a propriedade da empresa para a República do Cazaquistão”, disse o primeiro-ministro em comunicado.

“Estamos trabalhando para devolver a empresa à República do Cazaquistão”, afirmou ele no Telegram, acrescentando que não pretende entregar a empresa a “outros investidores estrangeiros”.

A ArcelorMittal, sediada em Luxemburgo, tem um histórico de desastres fatais no Cazaquistão e é frequentemente acusada de violar as normas ambientais e de segurança.

A empresa anunciou que iria suspender “todas as minas nas próximas 24 horas” para realizar verificações.

AFP
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