A americana Claudia Goldin foi agraciada, nesta segunda-feira (9), com o prêmio Nobel de Economia, por seus estudos sobre o papel das mulheres no mercado de trabalho.
Terceira mulher a obter esse prêmio, a professora da Universidade Harvard foi distinguida por “ter feito avançar nossa compreensão dos resultados das mulheres no mercado de trabalho”, anunciou o júri.
O anúncio, feito nesta segunda (9), pela Real Academia Sueca de Ciências que organiza o prêmio, afirma que o americana ajudou a compreender as mulheres no mercado de trabalho. Segundo a organização, Goldin "[avançou] nossa compreensão dos resultados do mercado de trabalho das mulheres”.
Sobre o prêmio
Em 1968, o Sveriges Riksbank (banco central da Suécia) criou o Prémio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, fundador do Prêmio Nobel. O prémio baseia-se numa doação recebida pela Fundação Nobel em 1968 do Sveriges Riksbank por ocasião do 300º aniversário do banco. O primeiro prêmio em ciências econômicas foi atribuído a Ragnar Frisch e Jan Tinbergen em 1969.
O prêmio em ciências econômicas é atribuído pela Real Academia Sueca de Ciências, Estocolmo, Suécia, de acordo com os mesmos princípios dos Prémios Nobel que são atribuídos desde 1901.
Claudia Goldin
Ao longo do último século, a proporção de mulheres com trabalho remunerado triplicou em muitos países de rendimento elevado. Esta é uma das maiores mudanças sociais e econômicas no mercado de trabalho dos tempos modernos, mas permanecem diferenças significativas entre homens e mulheres.
“Foi pela primeira vez na década de 1980 que um pesquisador adotou uma abordagem abrangente para explicar a origem dessas diferenças. A investigação de Claudia Goldin proporcionou-nos conhecimentos novos e muitas vezes surpreendentes sobre os papéis históricos e contemporâneos das mulheres no mercado de trabalho”, detalha o Prêmio Nobel.
“A laureada em ciências económicas deste ano, apresentou o primeiro relato abrangente sobre os rendimentos das mulheres e a participação no mercado de trabalho ao longo dos séculos. Ao vasculhar os arquivos e compilar e corrigir dados históricos, Goldin conseguiu apresentar factos novos e muitas vezes surpreendentes. O facto de as escolhas das mulheres terem sido frequentemente, e continuarem a ser, limitadas pelo casamento e pela responsabilidade pelo lar e pela família está no centro das suas análises e modelos explicativos.”
Com informações da AFP
