Um alpinista de 27 anos, identificado como Muhammad Hassan, morreu após ser deixado por outros colegas em uma montanha de gelo a cerca de 400 metros do topo. O caso gerou revolta nas redes sociais, após publicação do vídeo, e apenas dois alpinistas tentaram ajudar a vítima, na segunda montanha mais alta do mundo.
Muhammad Hassan ficou gravemente ferido a 1.300 pés do cume do K2, localizado na fronteira da China e Paquistão, no dia 27 de julho, depois de escorregar em uma área de gargalo da montanha em 27 de julho, conforme informações do jornal Daily Mail.
O pai de três filhos teria ‘escorregado e ficado pendurado’ com uma corda e não conseguia ‘falar ou ouvir’ enquanto esperava por ajuda.
A expedição foi a primeira trabalhando com o grupo Lela Peak Expedition, embora não se saiba se foi a primeira como alpinista.
Anwar Syed, da Lela Peak Expedition, disse ao jornal que dois alpinistas ‘tentaram ao máximo ajudá-lo, mas não conseguiram e ele faleceu depois de duas horas’.
O grupo de expedição afirma que ofereceu pagamento a outros carregadores para recuperar o corpo, mas “todos disseram que é impossível derrubá-lo”.
Nas imagens postadas nas redes sociais é possível ver outros alpinistas passando “por cima” da vítima e seguindo em frente.
Revolta
As imagens provocaram revolta nas redes sociais. O alpinista Wilhelm Steindl, que também participou da escalada, mas havia retornado ao acampamento mais cedo devido às condições perigosas, disse ao jornal holandês De Telegraaf que estava enojado com a “inação” dos colegas.
“Foi uma corrida muito acirrada e competitiva até o topo. O que aconteceu lá é escandaloso. Uma pessoa viva é deixada para trás para que recordes possam ser estabelecidos. Foram necessárias apenas 3 ou 4 pessoas para salvá-lo. Se eu tivesse visto, teria subido para ajudar o pobre homem”, afirmou Steindl.