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Verme encontrado em toca de roedores revive após ficar congelado por 46 mil anos

Espécies produzem um açúcar chamado trealose quando estão levemente desidratadas

Vermes estavam em toca de roedores

Vermes encontrados há cinco anos na toca de roedores a cerca de 40 metros de profundidade no permafrost (tipo de solo congelado) da Sibéria, voltaram à vida assim que foram reidratados com água em laboratório, conforme informado por pesquisadores nessa segunda-feira (31).

Esses vermes pertencem a uma espécie de nematoide até então desconhecida e foram mantidos em um estado conhecido como criptobiose (que lhes permite tolerar a falta de água e oxigênio, além de temperaturas extremas). Os vermes tem aproximadamente um milímetro de comprimento e um ciclo de vida que não passa de dias — As informações são da BBC Brasil.

“Ninguém pensava que esse processo pudesse levar milênios, 40 mil anos ou até mais”, explicou Philipp Schiffer, um dos autores do estudo publicado recentemente na revista PLOS Genetics e líder de uma equipe do Instituto de Zoologia da Universidade de Colônia, na Alemanha.

A datação por carbono (busca pela presença desse elemento químico em amostras orgânicas) dos nematoides encontrados determinou que eles ficaram dormentes durante o final do Pleistoceno (provavelmente entre 45.839 e 47.769 anos atrás).

Os pesquisadores identificaram os genes que permitem a esses organismos entrar em um estado dormente. Com isso, descobriram que os mesmos genes são encontrados em um nematoide contemporâneo chamado Caenorhabditis elegans, o qual também pode entrar em estado de criptobiose.

As espécies produzem um açúcar chamado trealose quando estão levemente desidratadas. Isso é o que possivelmente lhes permite resistir ao congelamento e à desidratação severa.

Os vermes morreram depois de se reproduzir e dar origem a várias gerações em laboratório.

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