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Cientistas anunciam a criação do primeiro embrião humano sintético do mundo

A ideia da pesquisa não é implantar o embrião no útero de uma mulher, mas estudar genética e desenvolver a medicina

Embrião foi criado sem usar óvulo e espermatozóide, e por isso é considerado sintético

Foi anunciada, nessa quarta-feira (14), a criação do primeiro embrião sintético do mundo. O embrião foi criado com células-tronco, o que pode significar um avanço para que, no futuro, a reprodução não necessite e óvulos e espermatozoides. Embrião é o primeiro estágio de uma gestação, um grupo de células criado a partir da fecundação do espermatozóde no óvulo.

A descoberta, entretanto, tem objetivos além da reprodução assexuada. O desenvolvimento deste embrião pode ajudar em estudos de diversos campos da medicina, especialmente de doenças genéticas e causas biológicas de abortos recorrentes, por exemplo.

Não existe nenhuma perspectiva de implantar o embrião no útero de uma mulher, o que seria ilegal. Além disso, não se sabe se a estrutura continuaria se desenvolvendo para os próximos estágios. Em outros experimentos, feitos com camundongos, o embrião implantado no útero da fêmea não se desenvolveu.

“A ideia é que, se você tem um modelo de embrião humano feito a partir de células-tronco, você consegue obter muita informação sobre o que acontece nos estágios iniciais do desenvolvimento embrionário, inclusive o que pode dar errado, sem ter que usar embriões humanos”, explicou o especialista em biologia de células-tronco e desenvolvimento genético Robin Lovell-Badge, do Instituto Francis Crick, de Londres, a um jornal britânico.

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