O caso da golpista Melissa Caddick que roubou quase R$ 100 milhões e era dada como desaparecida pelo governo da Austrália ganhou novo capítulo, nessa quinta-feira (25), após uma magistrada afirmar que, na verdade, ela está morta.
Um sapato com restos de esqueletos de Melissa Caddick apareceu em uma praia distante três meses depois dela desaparecer. Na época, autoridades levantaram a hipótese de que ela fingiu a própria morte.
No entanto, uma legista determinou que era improvável que ela tivesse cortado o próprio pé para fugir, dizendo que não havia rastro de evidências e que ela precisaria de socorros médicos. As informações são do jornal australiano News.
A vice-legista do estado, Elizabeth Ryan, afirmou nessa quinta (25) que Melissa está morta. Porém, não foi possível afirmar como, quando e onde ela morreu.
“No entanto... não considero que as evidências permitam uma resposta positiva sobre como ela morreu, ou quando e onde isso aconteceu”, escreveu Elizabeth Ryan.
Desaparecida
O marido de Caddick, Anthony Koletti, e o filho disseram em depoimento que ouviram a porta da frente da casa abrir e fechar, por volta das 5h30 do dia 12 de novembro de 2020. Desde então, Melissa não foi mais vista.
Horas antes, os investigadores entraram na propriedade devido a um suposto esquema financeiro e apreenderam itens de luxo, incluindo roupas de grife e joias. Não há indícios de que o marido de Melissa esteja envolvido.
Autoridades acreditam que a golpista tenha se suicidado ao pular de um penhasco perto de casa, antes de o pé aparecer em Bournda Beach, na costa sul de NSW, em 21 de fevereiro de 2021.
Golpe milionário
Os investigadores suspeitam que Melissa tenha roubado até 30 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 97 milhões) de mais de 60 clientes, incluindo familiares e amigos, para ajudar a financiar um estilo de vida luxuoso que incluía viagens ao exterior em jatos particulares, carros de luxo, roupas de grife e joias caras.