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Ataque com drones causa incêndio em reservatório de petróleo da Crimeia

Mikhail Razvozhayev, governador de Sebastopol, publicou vídeos e fotografias do incêndio em seu canal no Telegram

Governador de Sebastopol informa que drones causaram incêndio na Crimeia

Um incêndio de grandes proporções tomou conta de um reservatório de petróleo na Crimeia, após ele ter sido atingido por um drone, informou neste sábado (29) um funcionário nomeado pela Rússia. Mikhail Razvozhayev, governador da cidade portuária de Sebastopol instalado em Moscou, publicou vídeos e fotografias do incêndio em seu canal no Telegram.

Razvozhayev diz que o incêndio recebeu a classificação mais elevada em termos de complexidade de extinção. “Está ocorrendo um incêndio em um depósito de petróleo na Baía do Cazaquistão. Segundo as primeiras informações, foi causado por um ataque de drones”, escreve Razvojayev, acrescentando que ninguém ficou ferido.

Ao menos 60 bombeiros foram convocados para tentar extinguir as chamas, que se espalharam por um espaço de cerca de 1 mil m². “A situação está sob controle”, declara. “As estruturas civis não estão ameaçadas.” O governador não diz se o drone que causador do incêndio é ucraniano.

O incidente ocorre um dia depois de a Rússia ter disparado mais de 20 mísseis de cruzeiro e dois drones contra a Ucrânia, matando pelo menos 23 pessoas. Quase todas as vítimas morreram quando dois mísseis bateram em um edifício de apartamentos. Entre as vítimas fatais há três crianças.

Razvozhayev afirma que o incêndio no reservatório de petróleo não afetará o abastecimento de combustível em Sebastopol. A cidade tem sido objeto de tentativas regulares de ataque com drones, especialmente nas últimas semanas.

No início desta semana, o governador informou que os militares russos destruíram um drone marítimo ucraniano que tentou atacar o porto. Outro artefato explodiu e partiu as janelas de vários edifícios de apartamentos, mas sem causar outros danos.

As autoridades ucranianas não comentaram imediatamente o incêndio no reservatório de petróleo. Após ataques anteriores à Crimeia, Kiev não reivindicou abertamente a responsabilidade, mas sublinhou que o país tinha o direito de atacar qualquer alvo em resposta à agressão russa.

A Rússia anexou a Crimeia em 2014, uma ação que a maior parte do mundo considerou ilegal. O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, afirma que seu país está tentando recuperar a península durante a atual invasão em grande escala da Rússia.

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