Dez pessoas estão sendo julgadas nesta segunda (27) e terça-feira (28) em Paris por assédio cibernético contra Brigitte Macron, esposa do presidente francês Emmanuel Macron.
Entre os réus estão um professor, um publicitário, um técnico de informática e uma médium. Eles são acusados de disseminar boatos transfóbicos e ofensivos sobre a primeira-dama, incluindo a falsa alegação de que ela seria um homem.
Origem das acusações
As informações falsas começaram a circular após a eleição de
A diferença de idade de 24 anos entre o presidente e sua esposa também foi usada pelos acusados para espalhar comentários maliciosos. O casal decidiu abrir ações legais nos Estados Unidos contra a podcaster de extrema direita Candace Owens, ligada ao movimento trumpista.
Conteúdos falsos compartilhados
Vários dos acusados teriam compartilhado vídeos e publicações de Owens, incluindo uma montagem com uma capa falsa da revista Time, que chamava Brigitte Macron de “homem do ano”.
Um dos envolvidos chegou a afirmar que havia “2.000 pessoas” dispostas a ir “de porta em porta” na cidade natal do casal para “esclarecer o tema Brigitte”.
Investigação e acusações
A investigação foi conduzida pela Brigada de Repressão ao Crime contra Pessoas (BRDP) após uma denúncia feita por Brigitte Macron em agosto de 2024. As prisões ocorreram entre dezembro do mesmo ano e fevereiro de 2025.
Os acusados — oito homens e duas mulheres, com idades entre 41 e 60 anos — são suspeitos de comentários ofensivos sobre o “gênero” e a “sexualidade” da primeira-dama. Segundo o Ministério Público de Paris, alguns chegaram a comparar a diferença de idade do casal à pedofilia.
Réus e possíveis penas
Entre os julgados está o publicitário Aurélien Poirson-Atlan, de 41 anos, conhecido nas redes como “Zoé Sagan”, e a médium Delphine J., de 51 anos, que usava o pseudônimo Amandine Roy e foi uma das responsáveis por espalhar a teoria de que Brigitte seria seu próprio irmão, Jean-Michel Trogneux.
A defesa de Delphine afirmou que ela apenas “reagiu ao noticiário” e que não enviou mensagens diretamente à primeira-dama.
Todos os réus podem ser condenados a até dois anos de prisão.
Com agências
(Sob supervisão de Aline Campolina)