Um olhar que capta o presente sem se esquecer do passado. Esta foi a força motriz da artista visual, arquiteta e urbanista Tarsila Palmieri ao criar o livro “Pontes do Rio Paraibuna”. Ela registrou as 13 estruturas presentes do trecho que se estende desde a Mata do Krambeck até o bairro Poço Rico, na área urbana de Juiz de Fora.
Quem quiser conferir parte dos 30 desenhos desenhos urbanos autorais em nanquim e aquarela, criados in loco no estilo urban sketch, não apenas das pontes, mas também registrando o movimento às margens pode visitar até 16 de dezembro a exposição aberta ao público no Espaço de Arte do Jardim Norte. Esses desenhos ainda foram impressos em utilitários e souvenires, que se encontram à venda pela autora.
Paraibuna é parte de Juiz de Fora desde sempre
O objetivo inicial desses desenhos era a observação dos usos locais para desenvolvimento projetual arquitetônico. No entanto, se tornou um lazer prazeroso da autora.
O trabalho de Tarsila Palmieri ressalta a importância histórica do rio, como um elemento marcante da sua paisagem urbana desde a origem, quando era ainda um povoado agrícola às margens do rio, conhecido como Arraial de Santo Antônio do Paraibuna até se tornar o município de Juiz de Fora.
O Rio Paraibuna, ou “Rio de Águas Escuras” nasce na Serra da Mantiqueira, no estado de Minas Gerais, e percorre ao todo nove cidades. A maior parte do curso, 70%, passa por Juiz de Fora. No entorno, foram transportados ouro e diamantes e, no século XIX, foi construída e inaugurada a Usina de Marmelos Zero, primeira hidrelétrica da América Latina.
Atualmente, às margens, passa a rodovia transversal brasileira BR-267 e a Avenida Brasil.
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