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Vôlei: campeão olímpico pelo Brasil reage à eliminação no Mundial e aponta ‘lição’

Equipe comandada por Bernardinho deu adeus à competição após derrota para Sérvia e vitória da Tchéquia sobre a China, nesta quinta-feira (18)

Partida entre Sérvia e Brasil pelo Mundial Masculino de Vôlei 2025, nas Filipinas

Nalbert, campeão olímpico pelo Brasil em 2004, reagiu à eliminação da Seleção no Mundial Masculino de Vôlei, nesta quinta-feira (18). O ex-jogador também apontou uma lição a ser aprendida para o futuro.

A equipe comandada por Bernardinho deu adeus à competição após ser derrotada pela Sérvia, por 3 a 0, e a Tchéquia superar a China, pelo mesmo placar, nesta quinta-feira. Esta foi a primeira vez em 55 anos que a Seleção Brasileira é eliminada da competição na fase de grupos.

O ex-ponteiro destacou que a Sérvia fez, diante do Brasil, “a sua melhor partida em alguns anos”. Nalbert também apontou uma inconsistência do time brasileiro.

“Brasil eliminado do Campeonato Mundial. Uma derrota doída, uma derrota duríssima diante de uma Sérvia, que fez a melhor partida da Seleção Sérvia em alguns anos, justamente contra o Brasil”, iniciou.

“O Brasil demonstrou alguma inconsistência, a gente lamenta muito por isso. Imagino o quanto os jogadores devem estar sofrendo, mas a verdade é que é sobre consistência que a gente tem que falar aqui”, disse Nalbert.

Cobrou consistência e apontou ‘lição’

Na sequência, o ex-jogador cobrou consistência da Seleção Brasileira e fez uma comparação com outras equipes também eliminadas na fase de grupos do Mundial.

“Brasil, Cuba, Japão, França foram oscilantes, foram inconsistentes, foram pouco sólidos durante esse Campeonato Mundial, estão pagando um preço muito caro por isso. As seleções medianas que, antigamente, você jogava mal e vencia, hoje em dia, não. Se você não jogar bem a 75%, você pode perder contra qualquer um”, afirmou o comentarista.

Adiante, Nalbert apontou a “grande lição” que o Brasil deve tirar após a eliminação precoce: a busca por um elenco homogêneo.

“Eu acho que essa é a grande lição que esse Campeonato Mundial nos dá, a grande lição que o Brasil tem que levar para o futuro: de que tem que voltar a ter um elenco homogêneo, voltar a ter muitos jogadores por posição para que as peças mudem e o padrão se mantenha sempre alto”, começou.

“Essa é a história da Seleção Brasileira, nosso período mais vencedor foi assim, e nós devemos reconstruir. Mas para isso para que isso aconteça, precisamos da base forte, precisamos investir e muito”, finalizou Nalbert.

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Pregou calma e projeto a médio ou longo prazo

Por fim, o ex-jogador pregou um projeto a médio ou longo prazo e destacou o momento de equilíbrio no circuito do vôlei mundial. Adiante, Nalbert afirmou que “não é hora de arrumar culpado” e sim de “encontrar soluções para o futuro”.

“Não vai ser de um dia para o outro, vai ser a médio ou longo prazo, mas eu não vejo o outro caminho. O voleibol vive um momento especial, um momento único, um momento absolutamente de equilíbrio, mas nós não podemos ter isso como desculpa, mas também temos que procurar soluções”, disse.

“Não é hora de arrumar desculpa, não é a hora de arrumar culpado, é a hora de encontrar soluções para o nosso futuro. Segue o jogo, vamos observar o Campeonato Mundial, tirar as lições necessárias e seguir o nosso caminho”, finalizou o campeão olímpico.

Brasil no Mundial Masculino de Vôlei 2025

O time comandado por Bernardinho iniciou a competição com duas vitórias, sobre a China e a Tchéquia. No entanto, o que parecia uma classificação fácil se tornou em eliminação após derrota para a Sérvia, por 3 sets a 0, na madrugada desta quinta-feira.

O resultado obrigou que a Seleção Brasileira torcesse para a China vencer ao menos um set contra os tchecos. Assim, a definição da vaga nas oitavas seria pelo saldo de pontos. No entanto, a Tchéquia superou os chineses por 3 a 0 e selou a eliminação brasileira da competição.

Com os resultados, o Brasil terminou a fase de grupos no terceiro lugar.

Retrospecto do Brasil no Mundial Masculino de Vôlei

O Brasil conquistou o Mundial Masculino de Vôlei em três oportunidades: 2002, 2006 e 2010. Além disso, a equipe brasileira ficou com o vice-campeonato nas edições de 1982, 2014 e 2018.

O país é o terceiro maior vencedor da competição ao lado da Polônia. Rússia, com 12 títulos, e Itália, com quatro, estão à frente do Brasil no ranking de maiores campeões do Mundial Masculino.

Na última edição do torneio, em 2022, a Seleção ficou com a medalha de bronze após superar a Eslovênia, por 3 sets a 1, na disputa de terceiro lugar.

Jornalista formado pelo Centro Universitário UNA. Acumula passagens pela Web Rádio Neves FM e Portal Esporte News Mundo, como setorista do América, além de possuir experiência em coberturas in-loco e podcast. Apaixonado por automobilismo e esportes americanos.