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Bicampeã olímpica, Fabi Alvim analisa Seleção no Sul-Americano: ‘Convincente’

Satisfeita com receptividade à Seleção no Recife, Fabi afirmou que fará campanha para a Seleção voltar à capital pernambucana

Fabi Alvim, bicampeã olímpica e atualmente comentarista do SporTV

Em todos os dias de jogos da Seleção Brasileira no Ginásio Geraldão, no Recife, foi comum observar um tumulto junto às cabinas de imprensa. Lá, todos os olhos buscavam a Fabi Alvim, ex-atleta bicampeã olímpica de vôlei. Atualmente comentarista do canal SporTV, ela aproveitou todos os intervalos para atender o máximo de fãs possíveis. Um carinho que ela promete retribuir fazendo campanha para que novos jogos do Brasil regresses à capital pernambucana.

Em conversa com a Itatiaia, Fabi falou da relação de carinho com a torcida, comum a todos os lugares em que passa no Brasil, mas também aproveitou o ensejo para avaliar a evolução da equipe comandada por Zé Roberto, já campeão por antecipação do Sul-Americano de Vôlei Feminino.

“Não estou surpresa, mas impressionada com o carinho das pessoas. Estou aqui desde sexta-feira e é só gratidão mesmo. Você não imagina quando está jogando o que vai acontecer, se vai mexer com o sentimento, admiração das pessoas. Conversei inclusive com a Sheilla [atual auxiliar-técnica da Seleção], é surpreendente, e, ao mesmo tempo, gratificante. Estou impressionada. Uma certeza eu tenho, vou fazer campanha para Brasil jogar aqui. Isso renova, dá mais motivação”, afirmou.

“Tenho certeza as meninas vão sair uma equipe muito mais coesa, unida, a responsabilidade aumenta de representar tão bem o Brasil. Pode ter certeza que o desempenho do Brasil daqui para frente vai ter um pouco de Pernambuco. É algo que nos deixa muito orgulhosos, e olhe que não estou nem mais na quadra”, brincou Fabi.

Sobre o desempenho da Seleção Brasileira no Sul-Americano, com vitórias por 3 sets a 0 diante do Chile, Argentina e Peru, Fabi avaliou a evolução da equipe, a despeito da fragilidade dos adversários.

“A gente sabe, não é desrespeito, da diferença técnica e da qualidade do time brasileiro aqui no continente. O Brasil é soberano na América do Sul. Mas nem sempre é simples colocar isso em prática. Os adversários jogam com menos responsabilidade, o Brasil pressionado porque tem que vencer. O Brasil não perde o Sul-Americano desde 1993 e isso tudo pode soar como um peso e o Brasil o contrário. Essa sintonia entre torcida e Seleção Brasileira está facilitando ainda mais o caminho. Foram três vitórias do Brasil sem perder set, com atuações absolutamente convincentes”, começou por avaliar.

“O Brasil pensando em evoluir e pensando muito pouco no adversário, mas pensando em si próprio. Tanto que a gente viu o Zé Roberto fazendo os treinamentos como se a gente tivesse pensando mais na frente mesmo, com todo respeito aos adversários, mas malhando todos os dias, focado, para daqui a pouco menos de um mês estar jogando um campeonato que é o principal alvo da temporada [o Pré-Olímpico]. São sete jogos muito pesados em menos de dez dias, então o Brasil está focado mesmo e isso está se refletindo na quadra com essa sintonia tão bem mencionada. Tenho certeza que está todo mundo muito feliz. Esse título antecipado foi a cereja do bolo pela passagem no Recife”, pontuou.

O Brasil ainda encerra a sua participação no Sul-Americano com um jogo para cumprir tabela diante da Colômbia, às 20h30 (de Brasília) desta quarta-feira (23), mais uma vez no Ginásio Geraldão. O principal objetivo é seguir testando a equipe para a disputa do Pré-Olímpico, a ser realizado entre os dias 16 e 24 de setembro, no Japão.

Jornalista, natural do Recife, é atualmente correspondente do portal Itatiaia Esporte na região Nordeste. Com mais de uma década de experiência no jornalismo esportivo, tem passagens pela Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco, Superesportes e NE45. Em Portugal, trabalhou por O Jogo e Sport Magazine.