O jornalismo esportivo brasileiro perdeu um de seus nomes mais conhecidos nesta segunda-feira (29).
Segundo informações da ESPN, Paulo enfrentava problemas de saúde e estava internado havia cerca de cinco meses no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, onde faleceu em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
A informação da morte foi confirmada pelo colega de emissora Alex Tseng, por meio das redes sociais. “Descanse, Paulo. Você lutou bravamente. Ficam as lembranças, longas conversas, risadas... Gratidão por tudo nesses quase 40 anos de amizade”, escreveu Tseng, em publicação no Instagram.
Início precoce no rádio
Paulo Soares iniciou sua trajetória profissional ainda adolescente, em fevereiro de 1978, aos 15 anos, na Rádio Clube de Araras, no interior paulista. Pouco depois, passou a narrar em diversas emissoras do país. Em 1983, chegou à Rádio Gazeta, em São Paulo, e consolidou uma sequência de trabalhos no rádio que incluiu Record, Globo, Bandeirantes e Estadão/ESPN.
Caminho para a televisão
A estreia na TV aconteceu também em 1983, na TV Gazeta. Em seguida, Paulo passou por Record e Cultura, além de ter trabalhado na TVA Esportes, em 1994 — embrião da ESPN no Brasil, que seria lançada no ano seguinte. Entre 1998 e 2003, teve passagem pelo SBT, mas logo retornou ao canal esportivo, onde construiu sua imagem definitiva.
No comando do SportsCenter, da ESPN, criado em 2000 durante a cobertura das Olimpíadas de Sydney, Paulo Soares fez história ao lado de
Narração de grandes competições
Ao longo da carreira, “Amigão” narrou desde campeonatos estaduais e amistosos até torneios internacionais, incluindo Champions League e Copas do Mundo. Essa versatilidade o transformou em uma das vozes mais reconhecidas do esporte no Brasil.
Origem do apelido
O apelido ‘Amigão da Galera’ surgiu em 1990, dado pelo colega Osvaldo Pascoal, então repórter da Rádio Record. A expressão se tornou sinônimo de Paulo Soares e foi incorporada pelo público.