Enviado especial a Paris — Antes mesmo da Cerimônia de Abertura, marcada para sexta-feira (26), a organização dos
O jogo válido pela primeira rodada do Grupo D, que será disputado no Parc des Princes, em Paris, põe frente a frente um país de maioria muçulmana e uma nação judaica.
Com a guerra entre Israel e Hamas em curso, a tensão para o encontro aumentou nos últimos meses. O conflito em Gaza fez crescer a atenção das forças de segurança dos Jogos Olímpicos de Paris.
“Estamos muito longe de uma relação amigável entre os dois países. Todo o contexto em torno desta reunião exige que tenhamos uma monitorização particular”, disse um executivo das forças de segurança da França à RMC.
Já há a promessa de atos pró-Palestina durante o jogo. O grupo Europalestine, responsável por manifestações recentes na França, já confirmou que pretende realizar atos pacíficos ao longo da partida válida pelos Jogos Olímpicos.
A Seleção de Israel será a única com proteção 24h de agentes especiais das polícia francesa ao longo da Olimpíada. Também haverá esquema especial de segurança entre os torcedores das duas seleções.
De acordo com o governo francês, não há nenhuma ameaça de violência detectada pelas forças de inteligência para o jogo.
Histórico
A preocupação com possíveis atentados contra a delegação israelense também tem base na história. Em 1972, um atentado terrorista realizado no dia 5 de setembro matou 11 atletas judeus que competiriam nos Jogos Olímpicos de Munique.
As cenas do sequestro na Vila Olímpica, reivindicado pelo grupo Setembro Negro, marcou aquela edição olímpica. Desde então, Israel tem autonomia para organizar ações de segurança independentes.
