Depois de ficar sem medalha no Campeonato Mundial de Canoagem, disputado na Alemanha em agosto de 2023, Isquias Queiroz quer retomar a melhor rotina de treinamentos para chegar bem aos Jogos Olímpicos de Paris. O baiano não ficava fora do pódio na competição internacional desde 2013.
O dono de quatro medalhas olímpicas optou por tirar um tempo de descanso e diminuir o ritmo de treinos desde o último ano, o que explica a queda de rendimento. Após a prova final disputada em Diusburg, ele admitiu que estava longe da forma física ideal.
Agora, Isaquias Queiroz quer fazer uma “temporada perfeita” para conseguir mais uma medalha em Jogos Olímpicos. No último final de semana, ele venceu as provas C1-1000 e C1-500 no Campeonato Brasileiro de Canoagem, disputado em Lagoa Santa.
“Estamos felizes por ter conseguido a vaga (para os Jogos Olímpicos). Agora vamos treinar tranquilos, iniciar uma temporada bem feita. Vamos tentar fazer uma temporada perfeita para chegar lá e repetir o feito de Tóquio”, disse.
“O Lauro sabe muito bem fazer essa parte. Por isso, ganhamos a medalha de ouro em Tóquio. É uma base bem feita que deve ser levada em consideração todo dia, toda hora, todo minuto. Eu não gosto de perder treinamento. Quando eu perco, é porque meu corpo chegou no limite”, completou.
Atletas de modalidades de grande exigência física e explosão, caso de algumas provas de atletismo e natação, têm como costume trabalhar em ciclos. A ideia é chegar bem nas principais competições da temporada, como os Jogos Olímpicos de 2024.
“A gente está acostumado a fazer de 46 a 48 semanas de treinamento. Dá uns 4 mil e poucos quilômetros, pouco mais de 700 horas de treinamento. Água, academia, corrida. A gente joga vôlei também. A gente foge um pouco do nosso esporte, joga futebol também para sair dessa rotina de canoagem”, explicou Isaquias.
O período projetado por Isaquias termina justamente na data das provas dos Jogos Olímpicos de Paris, Se conseguir medalha nas duas categorias que poderá disputar (C1-1000 e C2-500), o canoísta se isolaria como o maior medalhista da história do Brasil, ultrapassando Robert Scheidt e Torben Grael.