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Estêvão na mira do Chelsea? O que sabemos sobre o futuro da joia do Palmeiras

Atacante, que iniciou carreira no Cruzeiro, tem sondagens de clubes europeus e multa rescisória na casa do 45 milhões de euros

Abel cumprimenta Estêvão após gol pelo Palmeiras

O Palmeiras tem mais uma joia em mãos que desperta o interesse de gigantes da Europa. Estêvão, de apenas 17 anos, pode ser a próxima revelação do clube a seguir o caminho das grandes promessas do futebol brasileiro e está na mira do Chelsea.

Nesta quinta-feira (2), o Uol noticiou que o clube inglês prepara uma oferta que pode chegar até R$ 300 milhões. Seriam 30 milhões de euros (R$ 164 milhões) garantidos, além de 20 milhões de euros (R$ 136 milhões) em metas a serem atingidas, em um modelo parecido ao do atacante Endrick, negociado com o Real Madrid.

A Itatiaia apurou que o Palmeiras está recebendo sondagens frequentes do Chelsea e de outros clubes pelo jogador, mas ainda não recebeu uma oferta oficial.

Estêvão tem contrato com o Alviverde até abril de 2026. A multa rescisória está estipulada em 45 milhões de euros, cerca de R$ 245 milhões.

Pelo Palmeiras, disputou 11 jogos e marcou um gol. O atleta ganhou de vez a confiança do técnico Abel Ferreira a ponto de o treinador destacá-lo como modelo de jogador que quer para o time.

Trajetória de Estêvão, o Messinho

Estêvão começou o sonho de virar jogador de futebol ainda muito cedo. Ele chegou ao Cruzeiro quando tinha 9 anos, após o pai do atleta, Ivo Gonçalves, chegar à Toca da Raposa com um DVD em mãos.

O atacante foi aceito pelo clube, passou pelo futsal e futebol de campo. Cresceu sob expectativa pela extrema habilidade com a perna esquerda e ganhou a alcunha de Messinho, que faz referência ao argentino Lionel Messi, eleito melhor jogador do mundo oito vezes.

Aos dez anos, Estêvão assinou um contrato esportivo com a Nike.

Em 24 abril de 2021, ele completou 14 anos e poderia assinar o primeiro contrato com vínculo não profissional. Foi quando a família e seus representantes decidiram levá-lo para o Palmeiras, colocando fim na passagem pela Toca da Raposa, iniciada em 2017.

A saída de Estêvão fez o Cruzeiro emitir nota oficial, lamentando o episódio e afirmando que a mudança foi “guiada de maneira bastante questionável pelo seu staff, que faltou com respeito e profissionalismo para com a instituição, dando um mau exemplo para o próprio garoto”.

A diretoria ainda acusou o Palmeiras de aliciamento, mas o clube alviverde rebateu e afirmou que a promessa estava livre no mercado e que agiu dentro dos princípios de ética e jurídicos.

No Palmeiras, Estêvão deixou as polêmicas para trás e passou a se destacar no que sabe fazer melhor, que é estar dentro de campo jogando futebol.

Agente culpa ex-presidente do Cruzeiro por saída de Estêvão

O empresário André Cury culpa o ex-presidente do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues, e o ex-diretor de futebol da SAF, Pedro Martins, pelo fato de o clube mineiro ter perdido duas joias do futebol brasileiro: os atacantes Estêvão e Vitor Roque.

Em entrevista ao podcast Storicast, Cury deu sua versão sobre os bastidores das duas negociações que resultaram nas saídas dos dois talentos da Toca da Raposa II.

Entre março de 2018, a gestão do presidente Wagner Pires de Sá e do vice de futebol Itair Machado chegou a ceder percentuais de Estêvão, então com 12 anos e que nem tinha contrato profissional, ao empresário Cristiano Richard a troco de um empréstimo. O caso foi um dos vários escândalos revelados em 2019 no Cruzeiro.

“O problema que nós tínhamos com o Cruzeiro era do presidente anterior, que é por isso que sai o Estêvão (Messinho), e sai o Vitor Roque também (este, na gestão feita pela SAF). O problema é com o Sérgio Rodrigues, aí que a gente fala do amadorismo do futebol brasileiro. Que esses dois jogadores podem valer juntos R$ 1 bilhão, que é mais que a dívida do Cruzeiro, e os dois jogadores só saíram do Cruzeiro porque o presidente que estava lá na gestão estava mais preocupado em fazer política e fazer guerra política do que cuidar dos próprios ativos dele”, disse Cury.

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Brenno Costa é jornalista multimídia formado pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduado em comunicação e marketing pela Estácio. Atualmente, é correspondente da Itatiaia em São Paulo. Antes, trabalhou na Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco/Superesportes e no Globo Esporte.