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Nesta quinta-feira (2), o Uol noticiou que o clube inglês prepara uma oferta que pode chegar até R$ 300 milhões. Seriam 30 milhões de euros (R$ 164 milhões) garantidos, além de 20 milhões de euros (R$ 136 milhões) em metas a serem atingidas, em um modelo parecido ao do atacante Endrick, negociado com o Real Madrid.
A Itatiaia apurou que o Palmeiras está recebendo sondagens frequentes do Chelsea e de outros clubes pelo jogador, mas ainda não recebeu uma oferta oficial.
Estêvão tem contrato com o Alviverde até abril de 2026. A multa rescisória está estipulada em 45 milhões de euros, cerca de R$ 245 milhões.
Pelo Palmeiras, disputou 11 jogos e marcou um gol.
Trajetória de Estêvão, o Messinho
Estêvão começou o sonho de virar jogador de futebol ainda muito cedo. Ele chegou ao Cruzeiro quando tinha 9 anos, após o pai do atleta, Ivo Gonçalves, chegar à Toca da Raposa com um DVD em mãos.
O atacante foi aceito pelo clube, passou pelo futsal e futebol de campo. Cresceu sob expectativa pela extrema habilidade com a perna esquerda e ganhou a alcunha de Messinho, que faz referência ao argentino Lionel Messi, eleito melhor jogador do mundo oito vezes.
Aos dez anos, Estêvão assinou um contrato esportivo com a Nike.
A saída de Estêvão fez o Cruzeiro emitir nota oficial, lamentando o episódio e afirmando que a mudança foi “guiada de maneira bastante questionável pelo seu staff, que faltou com respeito e profissionalismo para com a instituição, dando um mau exemplo para o próprio garoto”.
A diretoria ainda acusou o Palmeiras de aliciamento, mas o clube alviverde rebateu e afirmou que a promessa estava livre no mercado e que agiu dentro dos princípios de ética e jurídicos.
No Palmeiras, Estêvão deixou as polêmicas para trás e passou a se destacar no que sabe fazer melhor, que é estar dentro de campo jogando futebol.
Agente culpa ex-presidente do Cruzeiro por saída de Estêvão
O empresário André Cury culpa o ex-presidente do Cruzeiro, Sérgio Rodrigues, e o ex-diretor de futebol da SAF, Pedro Martins, pelo fato de o clube mineiro ter perdido duas joias do futebol brasileiro: os atacantes Estêvão e Vitor Roque.
Entre março de 2018, a gestão do presidente Wagner Pires de Sá e do vice de futebol Itair Machado chegou a ceder percentuais de Estêvão, então com 12 anos e que nem tinha contrato profissional, ao empresário Cristiano Richard a troco de um empréstimo. O caso foi um dos vários escândalos revelados em 2019 no Cruzeiro.
“O problema que nós tínhamos com o Cruzeiro era do presidente anterior, que é por isso que sai o Estêvão (Messinho), e sai o Vitor Roque também (este, na gestão feita pela SAF). O problema é com o Sérgio Rodrigues, aí que a gente fala do amadorismo do futebol brasileiro. Que esses dois jogadores podem valer juntos R$ 1 bilhão, que é mais que a dívida do Cruzeiro, e os dois jogadores só saíram do Cruzeiro porque o presidente que estava lá na gestão estava mais preocupado em fazer política e fazer guerra política do que cuidar dos próprios ativos dele”, disse Cury.