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NFL no Brasil: Mineirão é excluído dos candidatos a receber jogo oficial

Gigante da Pampulha não foi selecionado como um dos candidatos para receber um jogo oficial de futebol americano no Brasil

Mineirão não foi selecionado para visita técnica de equipe da NFL

Segundo maior mercado consumidor da NFL fora dos Estados Unidos, o Brasil recebe, nesta semana, a visita de uma comissão técnica da liga de futebol americano para avaliar a viabilidade de alguns estádios para receber uma partida oficial da competição.

De acordo com a apuração da Itatiaia, os representantes da NFL estão com visitas agendadas apenas ao Maracanã, no Rio, e a Morumbi, Allianz Parque e Neo Quimica Arena, em São Paulo.

Dessa maneira, o Mineirão ficou de fora da relação, mesmo sendo o único grande estádio do Sudeste a já ter recebido partidas oficiais da modalidade.

Vale lembrar que em 2019, antes da pandemia da Covid-19, os representantes da NFL também visitaram o Brasil e, naquela oportunidade, o Mineirão figurava entre os favoritos para receber uma partida da liga, como havia confirmado Samuel Lloyd, diretor comercial da Minas Arena à época.

O favoritismo do Gigante da Pampulha se devia principalmente à infraestrutura externa do estádio, capaz de receber eventos simultâneos ao jogo. Afinal, em todos os locais onde a NFL realiza partidas, há quase 10 dias prévios de eventos de divulgação.

Porém, apesar de ainda não haver data definida para a realização do evento em solo nacional, a reportagem confirmou que o estádio está descartado para ser o palco do primeiro jogo da NFL no Brasil.

Mineirão já recebeu dois jogos de futebol americano

Apesar de não haver nenhuma visita marcada, o Mineirão é o único grande estádio do Sudeste que já recebeu partidas da modalidade, em duas ocasiões. A primeira em 2016, quando foi palco da final do Campeonato Mineiro, o Minas Bowl. Quase 10 mil pessoas assistiram das arquibancadas à vitória do então Minas Locomotiva (atual América Locomotiva) sobre o Get Eagles (atual Galo FA).

Um ano depois, em 2017, o Mineirão foi palco do primeiro clássico da história da modalidade, entre Brasil e Argentina, e novamente mais de seis mil torcedores coloriram a arquibancada do Gigante da Pampulha.

Entenda porque o Brasil deve receber jogo da NFL

O Brasil é atualmente o segundo maior mercado consumidor da NFL fora dos Estados Unidos, ficando atrás apenas do México e à frente de Alemanha e Inglaterra, países que recebem anualmente partidas oficiais da liga.

Diante desse cenário, é natural que a liga olhe com interesse para o mercado, afinal há um potencial gigante tanto em escala quanto em força de consumo. Segundo dados de uma pesquisa da Sponsorlink, realizada no início deste ano, hoje há mais de 35 milhões de fãs potenciais da NFL no Brasil.

Relação do Brasil com a NFL cresce a cada ano

Não bastasse tudo isso, a realização de um jogo da NFL no Brasil é apenas a “cereja no bolo” de uma relação que cresce ano após ano. Em 2021, a liga anunciou a expansão de sua estratégia de internacionalização de marca, e o Miami Dolphins foi escolhido para ser o time responsável em trabalhar o mercado brasileiro.

Inclusive, na época os Dolphins tinham em seu elenco o jogador brasileiro Duval Queiroz, o Duzão, que entrou na equipe através do “NFL Undiscovered”, programa que seleciona estrangeiros para a liga.

Brasil já teve dois jogadores na NFL

Apesar de Duzão ter figurado no elenco do Miami Dolphins, ele não chegou a atuar pela equipe em uma partida da temporada regular. Este feito apenas dois brasileiros conseguiram realizar: Leandro Demetrin Veal e Cairo Santos.

O primeiro brasileiro a atuar na NFL foi o baiano Leandro Demetrin Veal. Selecionado no Draft de 2003 pelo Atlanta Falcons, no sétimo round, com a 238ª escolha, ele atuou na liga até 2007, tendo participado de 37 partidas como defensive tackle por Falcons, Denver Broncos e Tennessee Titans.

Já Cairo Santos é o jogador brasileiro mais conhecido e segue na NFL até hoje, onde atua pelo Chicago Bears. Paulista da cidade de Limeira, ele entrou na liga em 2014, quando assinou com o Kansas City Chiefs, e construiu uma sólida carreira. Além de Chiefs e Bears, Cairo jogou por New York Jets, Los Angeles Rams, Tampa Bay Buccaneers e Tennessee Titans.

Além disso, há a expectativa sobre Davi Belfort. Filho do lutador de MMA Vitor Belfort, ele pode se tornar o primeiro quarterback brasileiro na NFL. Com 18 anos, Davi jogará por Virgina Tech, a partir desse ano, na primeira divisão universitária e, se tudo correr bem, em cerca de três a quatro anos, estará disponível para ser escolhido por uma das 32 franquias que integram a NFL.

Formado em jornalismo pelo Centro Universitário Newton Paiva. Atua na área desde 2010, com foco na cobertura esportiva. Entre os destaques da carreira, cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas e torneios de diversas modalidades esportivas. É editor da capa do Portal da Itatiaia.