O cérebro do ex-lutador José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, foi doado à Universidade de São Paulo (USP) para estudos sobre a “demência do pugilista”. Maguila morreu nessa quinta-feira (23) aos 66 anos, ele sofria de encefalopatia traumática crônica (ETC).
Em 2018, o ex-pugilista já havia revelado ao público sua vontade de doar o seu cérebro quando morresse. Segundo ele, o objetivo seria ajudar o grupo de pesquisadores, que já o acompanhava em vida, a entender melhor a doença.
Na época, um médico da USP elogiou a atitude de Maguila.
“Receber cérebros de pessoas que tiveram doenças desse tipo é fundamental não só para entender a doença, mas para tentar ver como se previne a doença e evitar que outras pessoas fiquem doentes”, disse o neurologista Renato Anghinah.
Encefalopatia traumática crônica em atletas
A ETC é uma doença neurodegenerativa sem cura. Ela é causada por repetitivos traumas na região crânio encefálica. Diversos lutadores já foram diagnosticados com a doença, como o boxeador Muhammad Ali, morto em 2016, e o lutador de MMA Chuck Liddell.
Além de lutadores, jogadores de futebol americano também são frequentemente atingidos.
Morte de Maguila
Morreu, nesta quinta-feira (24), o ex-pugilista Maguila. Ele tinha 66 anos e sofria de encefalopatia traumática crônica (ETC).
A notícia da morte de Maguila foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, à Record TV.
Por meio das redes sociais, o boxeador Acelino Popó de Freitas publicou uma homenagem a Maguila. “Descanse em paz meu eterno campeão”, escreveu.
Maguila lutou 85 vezes na carreira, com 77 vitórias, e tem entre os títulos um Mundial de Boxe, pela Federação Mundial de Boxe. O ex-atleta atuou nos pesos pesados por 17 anos como profissional.