Um tiroteio nas proximidades do Centro de Treinamento Moacyr Barbosa, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, interrompeu as gravações do Media Day do
As gravações ocorriam normalmente até serem interrompidas por disparos vindos da comunidade Cidade de Deus, localizada ao redor do CT vascaíno. Os tiros foram ouvidos durante entrevistas com o meia Philippe Coutinho, o atacante Nuno Moreira e o goleiro Léo Jardim.
Em meio ao susto, os atletas chegaram a esboçar sorrisos nervosos diante de uma situação que, infelizmente, tornou-se comum na rotina do local. Assista ao momento dos disparos:
⚠️ A reportagem da Globo flagrou o disparo de tiros próximo ao Centro de Treinamento Moacyr Barbosa.
— ge (@geglobo) May 22, 2025
No começo da tarde de quarta-feira, as gravações do Media Day do Vasco foram interrompidas por dois momentos por conta de tiroteios na região da Cidade de Deus, na Zona Oeste do… pic.twitter.com/jGOHfuq2Aw
Operação policial causou a troca de tiros
A troca de tiros está relacionada a uma operação realizada pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), força de elite da Polícia Civil, na Cidade de Deus. A ação teve início ainda na segunda-feira (19), quando o policial José Antônio Lourenço foi morto durante a operação.
Ele dava apoio a investigações sobre uma fábrica clandestina de gelo, suspeita de vender produtos contaminados a estabelecimentos comerciais na Barra da Tijuca e no Recreio dos Bandeirantes.
A operação provocou intensos confrontos armados na região, afetando também a mobilidade urbana. A Linha Amarela chegou a ser fechada no sentido Fundão por cerca de 30 minutos, e ao menos 19 linhas de ônibus tiveram seus trajetos alterados, segundo informou a Rio Ônibus.
A entidade também relatou que este foi o quinto episódio de violência com impacto no transporte público da cidade apenas no mês de maio.
Clima de insegurança
Embora o Vasco tenha fornecido total suporte às equipes de filmagem, a ocorrência evidencia os desafios enfrentados por clubes cariocas localizados em áreas vulneráveis da cidade. Profissionais que trabalham no CT relataram que o barulho de tiros e helicópteros é comum durante os treinos, especialmente em dias de operação policial na comunidade vizinha.