O zagueiro Eduardo Bauermann está de mudança do Brasil. O jogador tem um pré-contrato assinado com Alanyaspor, da Turquia. O atleta é aguardado no país europeu no próximo dia 30. O contrato é válido por duas temporadas. O jogador passará por exames médicos na cidade turca.
O clube turco não vai precisar compensar o Santos financeiramente, no entanto tem direito a 40% do total de uma possível venda futura do jogador. Peixe e Bauermann acertaram um rescisão em comum acordo para o atleta ser liberado. A responsabilidade de um eventual repasse em relação aos mecanismos de solidariedade também ficam com os europeus.
Há um prazo para que o acordo seja selado. Os exames médicos e acordo entre os clubes precisam ser firmados até o próximo dia 5. Caso isso não aconteça, “o contrato será nulo, sem efeito e sem necessidade de qualquer aviso, notificação e/ou veredicto judicial”, diz o documento.
Envolvido na Operação Penalidade Máxima, Bauermann recebeu 12 jogos de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A equipe jurídica do jogador comunicou à Justiça “tendo por base a lealdade processual e a boa-fé" que o atleta embarcaria em viagem internacional e teria uma mudança de endereço. O clube turco tem sede na cidade de Antália.
Bauermann está afastado do Santos desde o dia 9 de maio quando o jogador foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Bauermann teria recebido, pelo menos, R$ 50 mil reais para ser expulso em um jogo do Santos no Brasileirão do ano passado. É a primeira ação concreta do clube após a divulgação do envolvimento do atleta.
O jogador, de 27 anos, está no clube paulista desde 2022. No total são 78 jogos com cinco gols marcados. O vínculo com o Santos ia até dezembro de 2024.
Punição do STJD
O zagueiro do Santos e com passagem pelo América foi punido com 12 jogos de suspensão. A pena não envolveu multa ou suspensão de, no mínimo 360 dias, porque Bauermann não foi enquadrado no artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que pune quem prejudica seu clube em troca de vantagem. O jogador foi punido com base no artigo 258 (conduta antiética).
No entendimento da maioria do STJD, o fato de Bauermann não ter efetivamente sido punido com os cartões previamente combinados justifica a mudança no julgamento. O jogador ter devolvido parte do dinheiro também fez diferença na visão dos promotores.
A pena máxima prevista é de seis jogos. Como o atleta foi punido duas vezes: 12 jogos fora.
A Operação Penalidade Máxima
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Os apostadores aliciavam atletas para que eles fossem punidos ao longo de partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Também há registros de manipulação em jogos de alguns estaduais de 2023. A Operação Penalidade Máxima teve, até agora, duas fases.
São quinze jogadores formalmente denunciados e outras nove pessoas classificadas como intermediários entre os atletas e os apostadores. Bruno Lopez de Moura é apontado pelo Ministério Público como chefe da quadrilha.
