Convocado de última hora para reforçar o
Em áudios cedidos à Itatiaia, o defensor mineiro, de 25 anos, revelou que teve a mala extraviada ainda em São Paulo, o que o obrigou a viajar ao país sede do torneio sem roupas, chuteiras ou documentos pessoais.
Natural de Dores do Indaiá, Guilherme foi anunciado oficialmente pelo clube marroquino no sábado (14), como reforço pontual para a competição internacional. O Wydad está no Grupo G, ao lado de
Perrengue com bagagem
Em sua chegada aos Estados Unidos, o zagueiro contou como foi a maratona desde o chamado até o embarque, marcado por desencontros e tensão no aeroporto.
“Eu estava lá em casa fazendo a horta. Aí me ligaram para vir ao Mundial. Eu falei que sim. Quando tudo se acertou, eu tive que ir para o Rio de Janeiro. Saí de Dores (do Indaiá) às 21 horas, dormi em Belo Horizonte, fui para o Rio de Janeiro e fiz o visto”, iniciou.
“No outro dia eu peguei meu visto, me mandaram a passagem, fui para São Paulo, quando cheguei em São Paulo perderam minha mala, foi extraviada”, completou.
Ida quase comprometida
Segundo Guilherme, o imprevisto quase o impediu de embarcar rumo à América do Norte. “A mulher não queria deixar eu embarcar para os Estados Unidos, porque eu estava sem mala, ela não tinha chegado a tempo. Aí eu tive que brigar com ela. Então ela me deixou embarcar, fui o último”, disse.
Em seguida, o brasileiro detalhou a chegada em Washington, sem nenhum tipo de equipamento para iniciar os treinos com o elenco marroquino. “Embarquei, fui para a Colômbia, depois da Colômbia vim para Washington (onde está o Wydad). Vim sem mala, eu cheguei aqui sem nada, só com um documento, uma camisa, uma calça que eu tava usando e nada mais”, afirmou.
Guilherme então precisou contar com a ajuda do clube para se preparar. “A sorte que eles (o pessoal do clube) me levaram aqui para comprar nas lojas aqui, mandaram comprar o que eu precisava e eu comprei. E aí fiquei uns três, quatro dias assim, sem nada, nada. Só ontem chegou minha mala”, finalizou.
Apesar dos obstáculos, Guilherme já está pronto para vestir a camisa do Wydad Casablanca no principal torneio interclubes do calendário internacional. Em sua estreia em competições da Fifa, ele terá pela frente o poderoso Manchester City, de Haaland e Pep Guardiola.
Carreira de Guilherme Ferreira
A caminhada de Guilherme Ferreira no futebol começou em solo mineiro. Natural de Dores do Indaiá, o zagueiro construiu suas primeiras bases esportivas na cidade de Divinópolis, onde passou por projetos de formação locais antes de integrar as categorias de base do
Foi no Guarani de Divinópolis, clube tradicional da região, que ele deu seus primeiros passos no futebol profissional. A busca por novos desafios o levou à Europa, onde consolidou sua carreira em solo português. Guilherme acumulou passagens por equipes como Pedras Salgadas, Fafe, Chaves e Feirense, até se estabelecer no Felgueiras, clube da segunda divisão do país.
Na temporada atual, o defensor vinha em alta, sendo titular absoluto e contribuindo não apenas na defesa, mas também no ataque com gols e assistências — aproveitando bem os 1,94m de altura e sua força no jogo aéreo.