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Robinho nega privilégios na prisão e rebate boatos: ‘Sou tratado igual a todos’

Ex-jogador apareceu em vídeo divulgado pelo Conselho da Comunidade de Taubaté e afirmou que rotina na penitenciária é igual à dos demais presos

Ex-jogador Robinho está preso por estupro desde março de 2024

O ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo na Itália e detido desde março de 2024 na Penitenciária 2 de Tremembé (SP), apareceu em um vídeo divulgado nessa terça-feira (28) pelo Conselho da Comunidade de Taubaté. O material mostra parte da rotina no presídio e tem como objetivo rebater as recentes obras do jornalista e roteirista Ulisses Campbell, autor do livro “Tremembé, o presídio dos famosos” e da série homônima lançada no Prime Video.

No vídeo, a juíza corregedora da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, Sueli Zeraik de Oliveira Armani, afirma que “os fatos retratados no livro não são verdade” e que o autor “não chegou sequer a ingressar nas unidades prisionais citadas nem entrevistou os detentos mencionados”. Segundo ela, o conteúdo “é uma obra de ficção”.

Dentre os detentos mais famosos do presídio, citados nas obras de Ulisses como personagens principais, estão: Suzanne Von Richthofen, Elize Matsunaga, Sandra Ruiz (Sandrão), Anna Carolina Jatobá, Alexandre Nardoni, Daniel e Cristian Cravinhos e Roger Abdelmassih

Depoimento de Robinho

Além da manifestação da magistrada, o vídeo traz depoimentos de internos — entre eles Robinho, que negou ter qualquer privilégio dentro da unidade prisional. O ex-jogador afirmou que a rotina é igual para todos e destacou o ambiente de trabalho e ressocialização no local.

Relação com guardas e detentos

Robinho também afirmou que nunca teve conflitos com agentes penitenciários ou outros presos. Segundo ele, o convívio é pacífico e o tratamento é igual para todos.

Horários e alimentação

O ex-jogador, de 40 anos, disse ainda que cumpre a mesma rotina dos demais presos, com horários e alimentação padronizados. Ele também comentou sobre o trabalho e as atividades disponíveis dentro do presídio.

Robinho também rebateu rumores de que teria privilégios, influência entre os detentos ou problemas psicológicos.

Caso Robinho

Robinho cumpre pena de nove anos de prisão por estupro coletivo cometido em 2013, em Milão, quando atuava pelo Milan. Condenado em todas as instâncias da Justiça italiana, ele não pôde ser extraditado, já que a Constituição brasileira impede a entrega de cidadãos natos.

Em 2023, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologou a sentença estrangeira, determinando o cumprimento da pena no Brasil.

Preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior paulista — unidade conhecida por abrigar detentos de casos de grande repercussão —, o ex-jogador já teve pedidos de liberdade negados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No fim de 2024, ele concluiu um curso profissionalizante, mas a Justiça rejeitou o pedido de redução de pena por bom comportamento.

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Jornalista formado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH. Já atuou em diversas áreas do jornalismo, como assessoria de imprensa, redação e comunicação interna. Apaixonado por esportes em geral e grande entusiasta dos e-sports