Morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, o cantor Arlindo Cruz, ícone da música brasileira. Para além das rodas de samba, o carioca tinha uma outra paixão: o futebol - em especial, o Flamengo. O compositor nunca escondeu a paixão pelo Rubro-Negro e frequentou o Maracanã desde a infância, ainda na década de 1960.
Há 12 anos, Arlindo concedeu entrevista à ‘Flamengo TV’ e contou, aos risos, uma história curiosa. Ele lembrou quando recebeu de aniversário um rádio, porém, quebrou o presente dois meses depois ao acompanhar uma derrota rubro-negra. A raiva momentânea custou caro, tendo em vista que ele apanhou para a mãe.
“Uma briga desleal lá em casa, porque eu apanhei. Em 14 de setembro, ganhei um rádio. Capinha vermelha, bem flamenguista. Quando chegou dia 15 de novembro, o Flamengo perdeu para o São Cristóvão em plena Gávea. O Aniversário do Flamengo. Fiquei bolado e taquei o rádio. Quebrou o rádio todo”, contou, aos risos.
“Quem chega em casa? Minha mãe. Ela me deu uma coça… ‘Nem terminei de pagar. Foi o maior sacrifício’. Mas nada de muita violência. Era só para dar uma coça. Mas a torcida é sempre o 12º jogador. Reclama quando vai mal, apoio. Todo respeito aos jogadores, diretores, técnicos, o Flamengo pertence à torcida”, finalizou.
Arlindo Cruz conquistou os holofotes no mundo do samba ao se tornar integrante do Fundo de Quintal, grupo em que ficou por mais de uma década. Na carreira, o compositor lançou ícones como ‘O Show Tem que Continuar’ e ‘Meu Lugar’. Em 1993, ele deixou o grupo e focou na carreira solo.
A história de Arlindo e de sua família mudou após o sambista sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 2017. Desde então, ele vinha fazendo acompanhamentos com fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos especializados. A última internação de Arlindo aconteceu no dia 25 de março de 2025.