As Polícias Civis de Rondônia e Paraná deflagraram nesta terça-feira (24) a Operação Falso 9 com objetivo de desmontar um esquema que culminava no desvio do salário de jogadores de jogadores do futebol brasileiro. Uma instituição financeira também foi vítima dos golpes que ultrapassam R$ 1 milhão.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), trata-se de um “esquema de estelionato milionário”. O relatório total conta com 33 mandados judiciais expedidos, sendo 22 de busca e apreensão domiciliar, nove de prisão preventiva e dois de prisão temporária.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Almirante Tamandaré (PR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Lábrea (AM) e Porto Velho (RO). As Polícias Civis de Amazonas e Mato Grosso também auxiliaram na ação.
“Alertamos a todos para a importância de proteger seus dados pessoais e financeiros e de sempre verificar a autenticidade de qualquer solicitação de portabilidade ou alteração de dados bancários”, disse Rodney da Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
As investigações começaram em janeiro de 2025. As autoridades detectaram os desvios nos salários dos jogadores e se debruçaram sobre o tema a partir de então.
“Os criminosos abriam contas bancárias com documentos falsos e dados de jogadores de futebol. Pouco tempo depois, solicitavam a portabilidade do salário do verdadeiro titular dos dados para a conta fraudulenta. Assim que os valores eram recebidos, os golpistas transferiam o dinheiro para outras instituições financeiras, compravam produtos e serviços ou faziam saques em caixas eletrônicos, dificultando o rastreamento e a recuperação dos valores”, divulgou o MJSP.
A pasta informou ainda que R$ 135 mil foram recuperados e bloqueados de forma preventiva.
“Após a detecção da fraude, a instituição financeira corrigiu imediatamente a vulnerabilidade e ressarciu as vítimas, que não tinham conhecimento do golpe, e identificaram, ainda, que, entre os criminosos beneficiários identificados, estão pessoas jurídicas com sede em Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO), além de indivíduos, que receberam, juntos, mais de R$ 287 mil”, completou o MJSP.