O Cori (Conselho de Orientação), órgão fiscalizador do
A Itatiaia apurou que ainda não há data definida, mas o encontro deve ocorrer no dia 27 de outubro (segunda-feira), no Parque São Jorge.
Os conselheiros do Timão demonstram preocupação com os gastos do futebol, principalmente no setor de “pessoal”, que inclui salários, encargos trabalhistas, direitos de imagem e premiações. Até julho, o Corinthians teve despesa de R$ 256,1 milhões apenas com essa categoria.
Além da análise orçamentária, o encontro também deve servir para o Cori esclarecer dúvidas sobre a logística e o funcionamento do departamento de futebol.
As informações foram divulgadas inicialmente pela Gazeta Esportiva e confirmadas pela Itatiaia.
O presidente Osmar Stabile não vê com bons olhos a possibilidade de Fabinho Soldado prestar esclarecimentos diretamente ao Cori, por entender que o executivo deve reportar-se apenas à presidência. O Conselho, no entanto, ainda não recebeu qualquer sinalização oficial de Stabile sobre o assunto.
Revisão orçamentária
O Conselho Deliberativo do
Mesmo sem votos contrários, 26 conselheiros pediram que a proposta fosse reavaliada. Ao todo, 136 conselheiros participaram da votação.
A nova previsão orçamentária projeta um déficit de R$ 83 milhões para 2025, substituindo a estimativa anterior, que apontava um superávit de R$ 34 milhões ao fim de 2024.
A proposta teve parecer favorável do CORI (Conselho de Orientação) e do Conselho Fiscal. O CORI também sugeriu que o clube faça auditorias de acompanhamento pelo menos a cada três meses.
Contas do Corinthians
O
No departamento de futebol, o Corinthians apresentou resultado operacional negativo de R$ 37,4 milhões. Com a inclusão das receitas de repasses de direitos federativos — valores obtidos com a venda de jogadores —, o clube encerrou o período com superávit de R$ 13,9 milhões. Até junho, o resultado positivo era de R$ 35,9 milhões, o que representa redução de R$ 22 milhões em um mês.
A receita operacional bruta do futebol somou R$ 411,1 milhões, com destaque para:
- Direitos de transmissão: R$ 198,1 milhões
- Patrocínios e publicidades: R$ 102,9 milhões
- Arrecadação de jogos: R$ 71,5 milhões
- Premiações, Fiel Torcedor, loterias e outras receitas: R$ 38,9 milhões
Os repasses de direitos federativos renderam R$ 89,4 milhões ao clube.
Por outro lado, as despesas no futebol seguem elevadas. O principal fator para o déficit foi o gasto com pessoal, que engloba salários, encargos trabalhistas, direitos de imagem e premiações, totalizando R$ 256,1 milhões.
Outras despesas relevantes foram:
- Depreciação e amortização de direitos: R$ 58,3 milhões
- Custos com jogos: R$ 32,6 milhões
- Despesas gerais e administrativas: R$ 25,2 milhões
- Serviços de terceiros: R$ 20,6 milhões
No clube social, o déficit foi de R$ 116,2 milhões. As receitas chegaram a R$ 45,6 milhões, com destaque para contribuições de sócios (R$ 19,6 milhões), licenciamento e franquias (R$ 16,1 milhões) e patrocínios e publicidades (R$ 5,6 milhões).
As despesas operacionais totalizaram R$ 71,4 milhões, sendo os principais gastos com pessoal (R$ 41,2 milhões), serviços de terceiros (R$ 23,9 milhões) e custos gerais e administrativos (R$ 22,8 milhões).
O déficit total do clube social foi alcançado após o acréscimo das despesas financeiras líquidas, que somaram R$ 89,9 milhões.
