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A diretoria acredita que a entidade pode intermediar as negociações, levando em conta as propostas já apresentadas pelo clube brasileiro e o momento financeiro delicado que atravessa.
“Nós fizemos, extraoficialmente, mais de três propostas (ao Santos Laguna). Nós entramos na Fifa por uma questão do RCE (Regime Centralizado de Execuções), temos essa dificuldade. A Fifa entendeu, falou com o Santos Laguna, e o clube respondeu e apresentou as propostas que fizemos. Estamos aguardando. Eles não queriam abrir negociação, por conta de terem tentado anteriormente e não conseguirem (com a diretoria anterior)”, explicou Osmar Stabile, presidente eleito do Corinthians, na última segunda-feira (25).
Segundo Stabile, o Corinthians não negocia diretamente com a cúpula do Santos Laguna, mas sim com um escritório que representa os mexicanos. A última oferta feita pelo clube brasileiro foi o pagamento de 70% da dívida à vista e parcelamento do restante.
“O problema está dentro da Fifa. Não depende mais do Santos Laguna. Se a Fifa entender que temos que pagar tudo, temos que arranjar recursos para pagar. Estamos trabalhando em três frentes para conseguir os recursos”, completou Stabile.
Valor da dívida atualizado
O débito inicial do Corinthians com o Santos Laguna era de US$ 6,1 milhões (cerca de R$ 33 milhões). Com a aplicação de uma taxa de impostos de 18%, o valor subiu para aproximadamente R$ 40 milhões.
O clube reconhece que não tem esse montante em caixa para quitar a dívida integralmente à vista.
Entradas que ajudam
Nos últimos dias, entraram nos cofres do Corinthians R$ 25 milhões referentes às luvas do novo contrato com a Nike e R$ 14 milhões pela venda de Kauê Furquim ao Bahia. Até o fim do mês, o clube deve receber mais R$ 25 milhões da fornecedora de material esportivo.
Havia ainda a expectativa de receber R$ 57 milhões da Liga Forte União (LFU) neste mês. No entanto, as conversas estagnaram porque o bloco exigiu como contrapartida a prorrogação do vínculo entre as partes por mais uma temporada, condição que a diretoria corintiana não aceitou.
Do valor total, R$ 27 milhões seriam um adiantamento, mas na prática o Corinthians ficaria com apenas R$ 21 milhões, já que parte do montante seria destinado à quitação de uma dívida da gestão anterior com a XP Investimentos. Os outros R$ 30 milhões seriam provenientes de um empréstimo já aprovado pelo Cori (Conselho de Orientação).
Entenda o transfer ban
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Relembre o caso
Em 2024, o Corinthians adquiriu 80% dos direitos econômicos de Félix Torres por US$ 6,5 milhões, de forma parcelada. Com o atraso no pagamento da segunda parcela, o Santos Laguna acionou a Fifa, alegando que, conforme previsto em contrato, o não pagamento de qualquer parcela anteciparia o vencimento das demais.