O Ministério Público do Distrito Federal arquivou, de maneira definitiva, a investigação aberta sobre possíveis ilegalidades cometidas pelo ex-atacante Roni. O jogador foi detido em 2019 durante um jogo no estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela Polícia Civil.
A suspeita era de associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato majorado e sonegação fiscal. Roni e o sócio Leandro Franco foram acusados de falsificar dados de arrecadação para pagar menos em aluguel e impostos em jogos de futebol.
“Foi um episódio muito lamentável, que me fazia desacreditar nas pessoas. Foi muito difícil explicar para meus pais, minhas filhas, minha esposa. Mas todos sabiam da minha índole, do meu caráter. No dia do jogo, cheguei lá e fiquei até sem acreditar no que estava acontecendo. A gente nem sabia do que se tratava a operação. Foi tudo muito difícil, um momento conturbado. Só depois a gente tomou pé do que estava sendo acusado”, disse Roni.
A decisão também impossibilita a reabertura do inquérito por falta de provas. “A Receita Federal informou que não identificou lançamento de créditos tributários constituídos contra os investigados”, escreveu o promotor Fernando Augusto Martins Cuoco.
Roni passou por dificuldades durante o período da investigação. A Fifa retirou a chancela de agente e dificultou a obtenção de licenças e apoios financeiros para gerir as empresas. Após recorrer na Justiça suíça, ele recuperou a licença e segue como empresário de jogadores.
Atualmente, o ex-atacante tem duas empresas. Uma atua com foco na operação de venda de ingressos para partidas de futebol e outros eventos.
A outra é responsável pela realização de sócio-torcedor, além de implantar sistemas de reconhecimento facial.
“Só queria justiça. Quero colocar um ponto final nessa história. Que foi divulgada nacionalmente e não teve fim. Vou seguir a minha vida, trabalhando com as minhas empresas, no meio do futebol. Não devo nada a ninguém”, desabafou.
Carreira de Roni
Roniélton Pereira Santos foi atleta profissional de futebol entre 1994 a 2012. Revelado pelo Vila Nova-GO, teve passagens de destaque pro Fluminense, Atlético, Cruzeiro, Santos e Goiás. Também acumulou passagens pelo futebol japonês, russo e árabe.
Roni defendeu a Seleção Brasileira no ano de 1999. Ele integrou o elenco que disputou a Copa das Confederações daquele ano e marcou dois gols em três jogos.
