Executivo do Santos e ex-
Tudo começou com o desejo de emagrecer e melhorar os hábitos alimentares. O dirigente procurou um nutrólogo, que exigiu certos exames. Depois de muita resistência, ele aceitou fazer os procedimentos e, com ajuda do médico do Santos, descobriu o tumor maligno em um dos rins.
Veja o relato de Alexandre Mattos
“Andei cuidando muito dos projetos, das pessoas e esquecendo de mim. Falei: ‘Estou em Santos, cansado. Preciso de um nutrólogo. Estou precisando comer melhor’. (...) Fui lá na nutricionista, e ela chegou: ‘Já vi como é que você é. Vou te dar uns exames. Você tem o enfermeiro do Santos. Manda ele marcar o exame de sangue’.
Falei: ‘Não tem nada doutora. Há um ano fiz checkup’. E ela: ‘Você faz o ultrassom’. Peguei o envelope e entreguei para o enfermeiro do Santos, o Marcão: ‘Marca esses exames de sangue para mim. Esse ultrassom não vou fazer. Deixa para lá. Não vou em clínica fazer ultrassom agora’.
Na quarta, eu estava numa reunião fora do Santos e tinha um almoço. Ele (Marcão) liga: ‘Alexandre, cadê você? Tô aqui na clínica’. Falei: ‘Que clínica, Marcão? Não vou fazer essa porcaria’. E ele: ‘Eu tô aqui’. Puta merda, o cara está lá. Que saco. Como que não vou lá? Mandei mensagem pra pessoa que estava me esperando no almoço.
(...) Chego lá, e o cara pergunta: ‘Você já urinou sangue?’. E eu: ‘Não. Que foi, doutor?’. Ele pediu para fazer uma tomografia. E eu falei: ‘Vamos fazer essa porcaria’. Perguntei o que é, e o cara não queria me falar. (...) No fim, apareceu um tumor no rim direito. Graças a Deus, ele estava encapsulado. E foi aquela coisa de Deus, porque eu não ia fazer nada.
Apareceu um tumor, e ele estava até grande assim, de uns 7cm. Foi avassalador, talvez pelo momento de estresse. Enfim, isso a gente nunca sabe como que vem. Não tenho histórico familiar, não tenho nada. E eu não estava sentindo nada, nada. E isso é um baita alerta. Aí porra, meu mundo desabou.
Liguei para o médico do Cruzeiro, que é meu amigo. Ele marcou um urologista em Belo Horizonte e falou: ‘Ele é cruzeirense, seu fã, é um cara muito experiente. É o Papa do negócio’. Ele marcou com ele na sexta. Vim, e o cara já me falou: ‘Alexandre, você tem um um tumor. Precisa retirá-lo para gente analisar, mas ele está encapsulado’.
Precisava arrancar isso fora. Isso em setembro. Liguei para o Marcelo (Teixeira): ‘Deu um probleminha aqui. Apareceu um negócio. Vou ter que arrancar o rim todo’. Vou ter que viver com o rim, e vivo bem com um rim. Foi um robô, né? Antigamente, cortava tudo. Hoje, um robô que fez e tal.
Foi para a biópsia para fazer a patologia. Quando veio a patologia, era um câncer muito agressivo. Maligno e muito agressivo. Fui atrás de um oncologista para entender isso. O Dr. Maluf, aqui de São Paulo, que é um cara espetacular, me atendeu super rápido, me chamou e me acalmou.
Ele disse: ‘Ale, é o seguinte: é muito agressivo. Ele estava encapsulado, o nosso rim tem uma camada de gordura. E ele estava querendo sair. Você foi na hora e arrancou .Não vai precisar fazer uma químio nem uma rádio, mas vamos fazer uma imunoterapia, que é um processo durante um ano de 18 sessões. Tem uma certa consequência, um cansaço. De vez em quando uns vermelhão’.