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Demissão de Davide Ancelotti contraria desejo do elenco do Botafogo; entenda

O treinador italiano e a comissão técnica tinham boa relação com o elenco alvinegro

Davide Ancelotti foi anunciado como técnico do Botafogo em julho e deixa o clube após seis meses

Após divergência sobre a formação da comissão técnica para 2026, a saída de Davide Ancelotti foi anunciada pelo Botafogo na noite de quarta-feira (17). A continuidade do trabalho do treinador italiano era desejada pela diretoria e pelo grupo de jogadores.

A avaliação interna era de que houve evolução sob comando de Davide Ancelotti, que assumiu o time em julho. A temporada alvinegra, como um todo, foi turbulenta e com muitas mudanças dentro e fora de campo. Foram várias chegadas e saídas no elenco, indefinições e trocas no cargo de treinador. A sequência era um desejo do grupo.

Na reta final da Série A - o Botafogo encerrou o ano com 10 jogos de invencibilidade -, Marçal e Marlon Freitas, dois dos capitães, deram declarações a favor da continuidade do trabalho. O time acabou classificado para a fase preliminar da Copa Libertadores.

"É dar continuidade no que está sendo feito esse ano. No passado a gente terminou, o treinador foi embora. Teve ainda muita indecisão (...). Já temos tudo para começar diferente, porque sabemos que o trabalho do Ancelotti está funcionando e temos que dar continuidade e trazer novas peças. Algumas peças vão sair, é natural, mas que possamos nos antecipar”, afirmou Marçal após a última rodada do Brasileirão.

“Somos um grupo muito bom, recebemos o Davide e toda a sua comissão da melhor maneira possível. Ele gosta do grupo, porque a gente trabalha muito, a gente se cobra (...). E tenho certeza sobre continuidade. O próximo ano é um ano para a gente poder ganhar, não tem outro pensamento”, disse Marlon Freitas, em 4 de dezembro, a “RomarioTV”.

O elenco está de férias, mas Alexander Barboza foi às redes sociais nesta quarta (17). O zagueiro, liderança forte no vestiário, fez elogios e desejou sorte aos profissionais.

“As pessoas boas, que lutam por seus ideiais e têm palavra, só merecem coisas boas. Muito sucesso aos quatro!”, escreveu o argentino em seu perfil no Instagram, nesta noite.

Além de Davide Ancelotti, o preparador físico Luca Guerra e os auxiliares Luis Tevenet e Andrew Mangan também deixam o Glorioso. Todos chegaram ao clube carioca em julho.

O motivo da saída de Davide

Ao término da temporada, o departamento de futebol entendeu que era necessário mudar a comissão técnica com a saída do preparador físico Luca Guerra. O treinador italiano não concordou, e comunicou que não seguiria no comando do Botafogo em 2026.

Uma série de problemas físicos atingiu o elenco no segundo semestre. As baixas foram levadas em consideração na avaliação positiva de Davide Ancelotti, cuja permanência era desejada pelo Botafogo. O trabalho de Luca Guerra, por outro lado, não foi bem avaliado.

Ao término do Brasileirão, outros líderes do Botafogo, como Marçal e Alex Telles, elogiaram o trabalho de Davide Ancelotti e apostaram na continuidade do trabalho para 2026.

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A passagem de Davide Ancelotti

Após fazer parte da comissão técnica de Carlo Ancelotti, seu pai, por 13 anos, Davide foi a “aposta” de John Textor para substituir Renato Paiva no comando do Botafogo em julho.

Como campeão da América, a equipe de Ancelotti caiu nas oitavas da Libertadores para a LDU-EQU. No mata-mata nacional, eliminação nos pênaltis diante do Vasco.

Na Série A, o time teve reta final positiva, com 10 jogos de invencibilidade. Apesar disso, não conseguiu vaga na fase de grupos e disputará a fase preliminar da Libertadores.

Foram 32 jogos: 14 vitórias, 11 empates e sete derrotas (48 gols a favor e 35 gols contra).

Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.

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