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Diretor dá declaração machista contra árbitra brasileira após queda na Sul-Americana

Falas discriminatórias foram proferidas após a derrota do Mushuc Runa para o Independiente del Valle

Quarteto de arbitragem brasileiro antes do jogo entre Independiente del Valle e Mushuc Runa

A árbitra brasileira Edina Alves foi alvo de falas machistas após o jogo entre Mushuc Runa e Independiente del Valle pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, realizado nessa terça-feira (19), no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, no Equador.

O Mushuc Runa foi eliminado após perder por 4 a 2 nos pênaltis. O diretor do Ponchito, Renato Salas, expressou sua insatisfação com a arbitragem brasileira e proferiu um discurso machista.

“Uma árbitra, por melhor que seja, não vê as mesmas coisas que um árbitro”, declarou o gestor à ABC Deportivo .

"É por isso que temos o futebol feminino, porque as árbitras vão sentir o que sentem em campo”, acrescentou Renato Salas.

O gestor ainda destacou que a opinião dele não é de cunho discriminatório, e acrescentou: “Uma mulher não sente o mesmo que um homem. Dessa perspectiva mental, você não terá a mesma consideração ao decifrar jogadas”.

Além de Edina, a equipe de arbitragem era composta pelas auxiliares Neuza Back, Fabrini Bevilaqua e Daiane Muniz (VAR).

Em contato com a Itatiaia, a Conmebol declarou que ainda avalia o caso.

O jogo

O Mushuc Runa vencia a partida por 2 a 0 até os 45 do segundo tempo. O resultado classificava o Ponchito às quartas de final do torneio continental.

A árbitra brasileira acrescentou oito minutos de acréscimo. Em seguida, Edina assinalou mais três minutos de jogo.

No tempo extra cedido por Edina, o Independiente del Valle marcou um gol e levou a decisão para os pênaltis.

Nas penalidades, melhor para o Del Valle, que venceu por 4 a 2 e conquistou a classificação.

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Karen Cristina é jornalista em formação e integra a equipe do portal Itatiaia Esporte