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Zagueiro do Fortaleza detona áudio do VAR em derrota: ‘Algo estranho acontece’

CBF divulga conversa da arbitragem em pênalti marcado para o Palmeiras, pela Copa do Brasil, que irritou o clube cearense

Titi, em entrevista coletiva concendida nesta terça-feira

O zagueiro Titi, do Fortaleza, disse que “algo estranho acontece” depois da divulgação do áudio entre o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães e a cabine do VAR no lance do pênalti que originou o primeiro gol do Palmeiras na vitória por 3 a 0, na quarta-feira da semana passada (17), em São Paulo, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

A CBF liberou o áudio nesta terça-feira (23) -- a diretoria do Fortaleza enviou um ofício à entidade, na semana passada, pedindo para ouvir o que foi falado entre árbitro e integrantes da cabine. Também nesta terça saiu mais uma edição de um programa que o chefe da arbitragem da CBF, o ex-árbitro Wilson Luiz Seneme, têm feito para o site da confederação brasileira e ele comentou o lance, concordando com a decisão de Magalhães em marcar a penalidade.

“Esse áudio eles tentam justificar o injustificável. A imagem é clara, não houve toque de nosso jogador no jogador deles. Algo estranho acontece. Eu entendo que erros acontecem, todos erram, mas tem o VAR. Por que não ir no VAR? Eu falei com o árbitro no dia, que se revisasse a decisão seria outra, é uma decisão que nos prejudicou muito. Eles poderiam ganhar o jogo? Claro, é o Palmeiras. Mas um gol logo no início atrapalhou muito”, disse Titi, em entrevista coletiva, nesta terça-feira (23).

No lance, aos 7 minutos do primeiro tempo, o volante Caio Alexandre disputa a bola com o atacante Rony, dentro da área. No áudio divulgado, o árbitro VAR no confronto, Rodrigo Nunes de Sá-RJ, diz que entendeu que Rony toca a bola e Caio Alexandre derruba Rony. Ele ignora uma possível falta do palmeirense no início da jogada.

Para Seneme, não há falta de Rony: "É uma carga normal de jogo. O jogador do Fortaleza não vê o do Palmeiras chegando por trás, e tem o contato, normal. É um lance interpretativo do árbitro naquele momento ali”, disse Seneme.

Titi revelou que há algumas semanas houve reunião dos jogadores do Fortaleza com a comissão de arbitragem da CBF.

“E eu disse a eles, no final é o árbitro que decide, às vezes como ele entender. O árbitro tem que ter sensibilidade”, disse Titi.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.