Dirigente do Flamengo e vereador do Rio de Janeiro, Marcos Braz marcou presença virtual em sessão da Câmara do Rio de Janeiro no mesmo dia em que se envolveu em uma briga com um torcedor do clube carioca. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (21), ele explicou que será penalizado por não ter comparecido presencialmente no horário devido.
De acordo com o homem forte do departamento de futebol do Rubro-Negro, é normal que os servidores marquem presença na sessão virtual para ter conhecimento das pautas que serão votadas a partir das 16h. Se o vereador não estiver presencialmente na Câmara nesse horário, ele ganha a falta e tem desconto no salário.
“Terças e quintas, de 13h30 às 16h, você dá presença virtual para entrar no sistema. Eu posso falar, ouvir e tenho conhecimento das pautas que vão ser votadas de 16h às 18h. Você dá presença. Quando chega 16h, se você não colocar o dedo, você toma falta e é descontado no salário. Eu tomei a falta. Não fiz nenhuma ilegalidade. Vou ser descontado”, disse.
“Você faz a presença virtual para ter acesso às informações e declarações dos outros vereadores. Muitas vezes, não entro nesse virtual e vou para a Câmara. Eu posso não estar na parte virtual. Se estiver lá 16h, coloco o dedo e participo das votações normais”, explicou.
A Comissão de Ética da Câmara do Rio de Janeiro pretende ouvir Marcos Braz na próxima semana sobre o tema. Questionado ao longo da entrevista sobre o tema, o dirigente lembrou outros episódios mais graves de atuação da Comissão e disse que "é do jogo”, antes de dizer que vai resolver a questão antes de ser ouvido.
“O vereador vai na Casa votar o que quiser. Essa matéria nada tem a ver com Comissão de Ética. Ela foi usada para caso de estupro, assassinato. Eu vou porque estava no shopping com a minha filha. É do jogo”, declarou.
No mesmo pronunciamento, Marcos Braz afirmou que foi ameaçado de morte na frente da filha e vai seguir no comando do futebol do Flamengo para a próxima temporada.